O Jogo

LEÃO PERDE O VERDE: É PRE

Turma de Peseiro abatida por opositor que foi da II Liga a Alvalade para embaraçar. Contas na Taça da Liga embrulham-se e até no frio a panela de pressão volta a aquecer

- Textos FILIPE ALEXANDRE DIAS

Gestão não trouxe boas novas, com André Pinto a protagoniz­ar as más notícias. Estoril foi mais ousado e justificou a rasteira ao detentor do título. Público leonino está sem “saco” para isto...

Andava o Sporting em limpezas, quando escorregou na sua sala de estar, tombou e acabou enterrado no próprio jardim das traseiras por uma turma audaz do Estoril que veio da II Liga a Alvalade fazer descaso da superiorid­ade teórica dos leões. A turma de Luís Freira foi quase sempre melhor, suplantou por inteiro os verdes e brancos na segunda parte e justificou uma vitória só escandalos­a para quem foi informado do resultado.

Peseiro geriu dado o ciclo de jogos, colocou um eixo novo na defesa com Marcelo e André Pinto, mas foi Jefferson na esquerda quem mais compromete­u. Nota também para as devoluções ao onze inicial, casos de B as Dost, Carlos Mané e Wendel. Num ambiente frio e mortiço em Alvalade, o brasileiro alojou-se mais à frente dos médios Petrovic e Gudelj, estava quase em linha com os extremos e preocupou-se sempre em aproximar-se do aríete Bas Dost. O Estoril desenhou-se num 4x4x2 ousado, a apertar bastante alto, mas os dois ressurgido­s na leonina titularida­de tinham outros planos logo de entrada.

Com o jogo indefinido, Dost incomodou uma saída macia de Gonçalo Santos da área canarinha, Wendel foi lá recolher e disparou com secura para o 1-0. O Estoril reagiu logo após Wendel ameaçar o 2-0, explorando o espaço nas costas de Jefferson. Foi da direita do ataque da turma da Linha, começando em Filipe Soares e acabando em Boa Morte, que se foi acercando das intimidade­s verdes e brancas, forçando mesmo Salina duas defesas com o pé direito no mesmo minuto.

Os canarinhos até remataram mais na primeira metade, pressionar­am e viram-se até obrigados a uma substituiç­ão forçada mesmo antes do intervalo. O Sporting impunha-se pela eficácia, mas o Estoril, a precisar de vencer para se manter na Taça da Liga, dava uma réplica assinaláve­l e o jogo foi aberto para intervalo. Diaby e Mané trocaram nas alas à entrada para a última metade, mas a dinâmica do Sporting não sofreu incremento. Lesto no contra-ataque, o Estoril voltou embaraçar e, aos 52’, Dadashov não igualou por pouco. O leão deambulava lento e tinha o adversário já como equipa mais perigosa em campo quando Peseiro fez dupla alteração: Lumor e Montero para os lugares de Jefferson e Dost, respetivam­ente. Logo depois, Bruno Fernandes rendeu Wendel. Mas o veneno que o Estoril sempre destilou pela direita deu finalmente frutos aos 71’, num grande lance individual de Sandro Lima, a selar o 1-1 e a deixar André Pinto pelo chão. Pela mesma zona (claro...), Aylton quase virou a mesa a favor do Estoril, mas André Pinto fez duplo haraquíri, ao pentear a bola para o fundo das próprias redes (82’). Não era justo: era justíssimo! O Estoril assumia-se como melhor e o Sporting não tinha até aqui uma única oportunida­de de golo na segunda metade. Os leões fizeram-se em desespero ao caminho, andaram tão perto de igualar como de sofrer o 1-3 num jogo já partido, mas a derrota era o destino.

No fim, tocou a Marcha do Sporting para aliviar a assobiadel­a. Resultou. Havia muito mais gente a assobiar em casa...

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Os canarinhos saíram da Linha para visitar Alvalade e fazer a festa às custas de André Pinto – e de Petrovic e companhia
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Bruno Gaspar foi um dos leões que viram João Pedro e o Estoril superioriz­arem-se
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