“Não sairei sem ser campeão europeu”
LUÍS FILIPE VIEIRA O líder das águias prometeu que “em três anos” quer ter um plantel com “noventa por cento” de atletas formados no Seixal
No jantar comemorativo do 15.º ano como líder encarnado, o dirigente elogiou “o trabalho metódico de Rui Vitória”. Pelo meio admitiu “loucuras” em contratações do passado
O 15.º aniversário da presidência de Luís Filipe Vieira no Benfica, que coincide com igual efeméride do Estádio da Luz, reuniu na casa das águias 250 convidados que ouviram o líder encarnado voltar a falar da conquista do título de campeão europeu. Vieira garantiu mesmo, no seu discurso, que vai ser pela sua mão que isso acontecerá. “Peço-vos que acreditem, o trabalho que se faz naquela casa [Seixal] é para chegar a um certo ponto. Quando sonho, quero concretizar objetivos e tenho a firme convicção de que não sairei do Benfica sem ser campeão europeu. O título europeu tem de ser uma realidade, queremos ser campeões europeus”, frisou Vieira, que fez uma espécie de mea culpa sobre gastos no passado: “É possível ter equipas super competitivas com jogadores da nossa formação e não cometer loucuras, com fizemos algumas. Também aprendemos com os erros...” Ainda sobre a glória europeia, o dirigente apontou para um plantel quase todo formado no Seixal em três anos e prometendo que o jovem Jota será o próximo em quem Vitória vai apostar. “Se o Benfica quer voltar a ser campeão europeu, só o conseguirá com jogadores da sua formação, com uma equipa de identidade própria e havemos de o conseguir. Hoje, com o trabalho metódico do Rui Vitória, já introduzimos jovens como o Bruno Varela, o Yuri Ribeiro, o Rúben Dias, o Gedson, o João Félix e, em breve, o Jota e outros. Dentro de três anos, o Benfica terá uma equipa com identidade à Benfica, com oitenta ou noventa por cento de jogadores aqui formados”, garantiu Vieira.
O presidente dos encarnados explicou que “este ano o Benfica deixou de faturar 75 milhões de euros, com a venda de dois jogadores”: “Retivemo-los e ambos têm cinco anos de contrato. João Félix vai renovar amanhã [hoje] e será mais um a reter, tal como outros que se seguirão. Só temos esta autonomia porque deixámos de comprar jogadores: todos os anos, comprávamos acima de 50, 60, 70 milhões de euros. Vendíamos muito mas também comprávamos muito.”
Aludindo aos problemas jurídicos, o dirigente dos encarnados mostrou-se tranquilo.
“Temos de estar satisfeitos e orgulhosos com o que foi a transformação do Benfica” Rui Costa Administrador da SAD “Sinto-me um privilegiado por ter acompanhado o crescimento do Benfica com Vieira” Luisão Ex-jogador “Vieira está para o Benfica como Marcelo Rebelo de Sousa está para os portugueses” Rui Rangel Ex-candidato à presidência “Divergências [com Vieira] nunca foram pessoais. Hoje estou mais de acordo com ele” Bruno Costa Carvalho Ex-candidato à presidência
“Tivemos sempre estabilidade. Com tantos processos era natural que alguém quisesse fugir ou demitir, mas mantivemo-nos sempre unidos em torno do Benfica. Não foram essas tristes notícias que nos separaram, pelo contrário, fortaleceram-nos cada vez mais. Há alturas em que parecemos ferro, que ninguém nos derruba eé verdade. Alut apela verdade desportiva foi um tema muito importante para nós independentemente do que vão dizendo”, afirmou. Sobre contas, apontou a redução da dívida. “Ainda temos uma dívida, em obrigações, de 155 milhões de euros, mas não podemos esquecer que chegámos a um endividamento de 360 milhões. Hoje, temos essa pequena dívida, mas o orgulho de que todo o património do Benfica está pago e não há uma hipoteca. No futuro, temos o objetivo que o Benfica não tenha dívida”, frisou, defendendo que a sua Direção conseguiu “transformar um caco num verdadeiro paraíso ”. Vieira apontou “40 milhões de euros anuais” como ganhos pelas transmissões de jogos na BTV e reforçou estar “a negociar um direito de superfície que pode chegar até aos 75 anos para fechar o investimento no Seixal”: “Qualquer família de qualquer jogador irá dar preferência ao Benfica.”
“Este ano, o Benfica deixou de faturar 75 milhões de euros, com a venda de dois jogadores. Retivemolos e têm cinco anos de contrato” “Não foram essas tristes notícias [processos] que nos separaram, pelo contrário, fortaleceram-nos. Há alturas em que parecemos ferro” “Todos os anos comprávamos acima de 50, 60, 70 milhões de euros. Vendíamos muito mas também comprávamos muito” Luís Filipe Vieira Presidente do Benfica