O Jogo

“Gosto do Sérgio e dei-lhe a mão” SÉRGIO CONCEIÇÃO

Direto Treinador do FC Porto falou da conversa que teve com Sérgio Oliveira no final do jogo com o Varzim, admitindo que o médio tem estado com um espírito pouco positivo

- MANUEL CASACA

Sérgio Conceição revelou que a conversa que teve com Sérgio Oliveira, ainda no relvado, serviu para alertá-lo para a espiral negativa que vive, mas garante que não deu nenhum sermão

Sérgio Conceição nutre um carinho especial por Sérgio Oliveira e revelou isso mesmo numa conferênci­a de Imprensa marcada pela conversa que o treinador teve com o médio no final do jogo com o Varzim, para a Taça da Liga. O que se passou com Sérgio Oliveira no final do jogo com o Varzim? —No dia a seguir ao jogo fiquei estupefact­o com uma crónica que li, onde o Otávio Ribeiro escreveu sem saber. Aquilo que eu fiz foi como faço noutros casos, não com tanta visibilida­de como este, mas o que fiz foi estar sempre, repito sempre, com os meus jogadores. Disse ao Sérgio que aquilo aconteceu porque ele nas últimas duas/ três semanas – ele sabe disso, temos falado sobre isso – tem estado com um espírito pouco positivo. Disse-lhe que confiava plenamente nele e que gostava dele. Ele pode confirmá-lo, se quiser. E a seguir dei-lhe um abraço. Quer fazer uma legenda para aquela imagem sua com Sérgio Oliveira? —Estivemos numa amena cavaqueira no meio do relvado e esqueci-me dos holofotes. Vivo o momento sem pensar nas câmaras que estão apontadas a mim, ou a pensar se estou a dizer não sei o quê, ou se estou a rezar o Pai Nosso ou a Avé Maria. É tudo feito de uma forma instintiva, no momento difícil de um jogador que teve algo que não foi positivo naquele jogo. Quis dar-lhe a mão e dizer-lhe: ‘Sérgio, calma, isto acontece. Foi negativo, mas tens o meu apoio, contas para mim e gosto de ti’. E não é fácil eu dizer. Até os meus filhos se queixam que nunca digo que gosto deles. O que tem de fazer o treinador do FC Porto para o Sérgio Oliveira voltar a um nível elevado? —É mais o jogador que tem de fazer. Eu tenho de demonstrar esse apoio, trabalhar de forma a que o Sérgio esteja melhor. Ele tem de fazer a parte dele e o que lhe compete, que é trabalhar com seriedade no treino, dar o máximo empenho, que não tem faltado. Mas o jogador que me preocupa mais é o jogador que se chama equipa. —Dei a braçadeira ao Sérgio porque era o jogador mais antigo no clube em campo. Ele sentiu-se bem, pois ser capitão no FC Porto é um orgulho para qualquer jogador. Passou pelos anos que tem do clube e pelo conhecimen­to da equipa. Ele e o Otávio. Foi também uma forma de dar-lhe estabilida­de.

“O que eu posso fazer por ele? Apoiar, mas é mais o que jogador tem de fazer...” “Até os meus filhos se queixam que nunca digo que gosto deles”

Sérgio Conceição

Treinador do FC Porto

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