O Jogo

Onana passou de vilão a herói

- MIGUEL G. PEREIRA

Foi um Ajax pragmático e solidário que se apresentou ontem no Estádio da Luz. Apesar da boa ligação entre sectores, o conjunto treinado por Ten Hag teve algumas dificuldad­es em chegar à grande área benfiquist­a, sendo que as melhores oportunida­des surgiram na sequência de lances de bola parada e, na jogada do 1-1, num passe longo para área. Depois de uma primeira parte em que jogaram mais no erro do adversário e no qual foram prejudicad­os por uma má saída de Onana, os holandeses mostram mais acutilânci­a ofensiva após o intervalo e foram recompensa­dos com o golo de Tadic. Defesa Onana esteve no melhor e no pior no capítulo defensivo. O guarda-redes parou vários remates com selo de golo, como o de Gabriel no final do encontro, mas saiu de forma disparatad­a no lance que resultou no 1-0. Os centrais De Ligt e Blind nem sempre revelaram bom entendimen­to, ao passo que, no que diz respeito aos laterais, Mazraoui atacou mais e Tagliafico praticamen­te só defendeu. Meio campo De Jong e Schone foram dois muros que impediram contraataq­ues e, sobretudo, que Gedson e Gabriel chegassem com sucesso à zona da finalizaçã­o. Os dois médios mais defensivos retificara­m alguns erros dos centrais e compensara­m as subidas dos laterais, nomeadamen­te de Mazraoui. Van de Beek tinha a tarefa de apoiar Tadic no ataque, mas nem sempre foi bem-sucedido, falhando alguns passes. Ataque Tadic lutou praticamen­te sozinho contra a defensiva encarnada. Além do golo, o avançado sérvio procurou a melhor forma de fugir aos centrais, veio várias vezes atrás buscar a bola e ainda tentou surpreende­r de fora de área. Ziyech, com exceção da assistênci­a no 1-1, não deslumbrou e o mesmo aconteceu com David Neres. Dolberg pouco acrescento­u.

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