O Jogo

ÓLIVER CRESCEU E VIROU REFERÊNCIA

INFLUENTE Médio foi quem mais e melhor passou no último jogo e o único que todos os colegas procuraram

- MANUEL CASACA

Na receção ao Lokomotiv Moscovo, o futebol dos campeões nacionais passou todo pelo médio espanhol. Foi a ele que os companheir­os mais procuraram e foram dele a maioria dos passes efetuados

Quem o viu e quem o vê. Óliver está completame­nte diferente. Do futebol de posse de bola e passe curto, o médio espanhol ganhou amplitude e agora tem passada larga, passes diversific­ados e remata muito mais, inclusive de fora da área. Isto sem perder a qualidade e a magia do seu futebol. Óliver passou até a ser a referência da equipa, o jogador que todos procuram para construir jogo. Isso mesmo tornou-se evidente com o Lokomotiv Moscovo e as estatístic­as oficiais da UEFA confirmam-no. Foi o único portista que jogou com todos os companheir­os e também o único que todos buscar ampara decidir os movimentos ofensivos da equipa. Herrera e Brahimi foram os jogadores que mais o procuraram, assim como todo o sector defensivo. O espanhol agora recua mais no terreno e os companheir­os confiam nele para iniciar a fase de construção. Com a bola nos pés, Óliver torna-se cada vez mais influente. Joga e faz jogar, como provam os números do jogo com a equipa russa. O espanhol fez passes para todos os companheir­os que alinharam de início, incluindo Casillas, e o entendimen­to estendeu-se ainda a Otávio, o primeiro dos jogadores a sair do banco. Só Hernâni e Sérgio Oliveira, que entraram nos últimos minutos, não beneficiar­am dos pas-

ses do espanhol. Quem beneficiou e muito com um passe de mestre foi Corona, que aproveitou para marcar o terceiro golo do FC Porto e pôs um ponto final nas dúvidas quanto ao vencedor. Minutos depois era substituíd­o para ouvir a ovação do público. Justa, diga-se, para quem tanto tinha acabado de fazer. Os portistas já tinham manifestad­o esse carinho durante o jogo. A cada ação que fazia recebia os aplausos, num sinal de reconhecim­ento pelo cresciment­o do futebol do médio. Contra o Lokomotiv Moscovo, chegou mesmo a fazer 12 passes longos, falhando apenas quatro.

Óliver até foi dos jogadores que tiveram maior percentage­m de acerto nos passes, acabando o jogo com 84 por cento, tendo apenas sido superado por Otávio, com 92 por cento mas somente 12 passes, o que contrasta com os 61 efetuados pelo espanhol. Felipe teve a mesma percentage­m de Óliver, mas com uma particular­idade, já que dos 55 passes que efetuou, 13 foram para o lado, para Maxi, e sete para trás, para Casillas. Já o médio espanhol arriscou mais no passe e foi bem-sucedido na maioria das ações.

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