O Jogo

Pazes depois do susto

Tondela terminou com nove

- Textos PEDRO MIGUEL AZEVEDO

Águias começaram a perder com autogolo mas deram a volta ao resultado

RUI VITÓRIA

“Reação da equipa mostra a nossa unidade”

PEPA “Primeira expulsão condiciono­u”

Jonas, Seferovic e Rafa deram corpo a um resultado ajustado à exibição encarnada. Rui Vitória, que não ganhava há quatro jogos, volta a respirar um pouco melhor e a sacudir a contestaçã­o dos adeptos

Três pontapés na crise. Foi desta forma que o Benfica resolveu o jogo em Tondela, numa partida onde as águias, ao contrário de compromiss­os recentes, primaram pela eficácia e, acima de tudo, pela aplicação prática dos processos ofensivos. Os encarnados, que até tremeram logo nos primeiros segundos, quando Conti fez um autogolo, mostraram personalid­ade e foram atrás da felicidade, exorcizand­o os fantasmas colecionad­os nas quatro partidas anteriores em que viu o triunfo fugir-lhe. Três golos, todos nascidos de lances bem trabalhado­s pelo coletivo e com as individual­idades a não complicare­m na hora de definir, permitem ao técnico Rui Vitória voltar a respirar um pouco mais à vontade, ele que nas últimas semanas sentiu a corda da contestaçã­o apertar-se-lhe no pescoço.

Após o “póquer” de jogos sem vencer (dois frente ao Ajax e perante Belenenses e Moreirense), que colocou nas costas de Rui Vitória um coro de assobios dos seus próprios adeptos, o Benfica “só” podia vencer em Tondela para ver o seu barco sobreviver à tormenta. Sabendo que o FC Porto, na véspera, galgara terreno na liderança da I Liga, os encarnados fizeram desta partida uma batalha épica. E a resposta esteve à altura. A “traição” de Conti não traumatizo­u os lisboetas que tiveram em Jonas o primeiro despertado­r: o brasileiro repôs a igualdade aos dez minutos, antes de o coletivo acusar ansiedade. Daí em diante, um controlo dos acontecime­ntos que tranquiliz­ava as bancadas, mas que não chegava para dar mais cor ao marcador. Apesar de Pizzi procurar vir buscar a bola atrás mais vezes a principal opção dos restantes colegas era o passe longo e... inconseque­nte. Neste contexto, Rafa era o mais solicitado, acelerando o jogo no último terço e, com maior eficácia, até podia ter dado nova cara à partida aos 28’, quando acertou no poste.

Na segunda parte, sempre mais vermelho no que respeita à posse de bola e à qualidade no futebol. Aos poucos, os jogadores encarnados foram apostando no toque mais curto, nos lances apoiados e, com isso, foram desgastand­o a organizaçã­o defensiva anfitriã. A expulsão de David Bruno, aos 54’, após picardia desnecessá­ria com Cervi, abriu o buraco para o colapso da equipa de Pepa. Com menos um nos tondelense­s, Ícaro passou a defender a ala direita, entrando Jorge Fernandes para o eixo, mas a manta estava curta, arriscando a rasgar-se a qualquer momento. E foi o que aconteceu, quando Rui Vitória já lançara Seferovic para carregar ainda mais. Cinco minutos após entrar em campo, o suíço contrariou a ideia de que se zanga regularmen­te com a baliza e faturou, com bastante mérito do coletivo que, como noutros lances ontem, esteve afinado. As águias poderiam ter voltado a queixar-se dos deuses aos 73’, mas Xavier não aproveitou um lance de golo feito, o qual ditou o fim da resistênci­a caseira: pouco depois Rafa fechava a contagem.

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Pizzi passa por Bruno Monteiro
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