MP temia fuga iminente de Bruno
Rodolfo Correia confirmado como adjunto de Keizer
Antigo presidente do Sporting poderia ter Moçambique como destino. Tal como Mustafá, chefe da Juventude Leonina, foi ontem interrogado, mas requerimento atrasou inquirições
Bruno de Carvalho e Mustafá, arguidos indiciados pelo Ministério Público da prática de 56 crimes ao abrigo da investigação do caso da invasão à Academia Sporting, a 15 de maio passado, só hoje, pelas 10h00, conhecem as medidas de coação decretadas pelo juiz do Tribunal do Barreiro, onde ontem foram interrogados. No caso do antigo presidente do Sporting, a detenção do mesmo domingo passado, o mesmo dia em que o líder da claque Juventude Leonina foi também detido, sabe O JOGO que o iminente perigo de fuga era considerado real e facto essencial para a diligência referida, além de o processo de investigação se encontrar perto do final legalmente consagrado na lei, outra das motivações para a detenção e inquirição, ontem levada a efeito.
Apesar das manifestações em sentidocontrár iodo expresidente do Sporting, ajustiça vigiava Bruno de Carvalho de perto neste particular, dadas as suspeitas de que o antigo dirigente do Sporting, que tem dupla nacionalidade e meios financeiros, estaria a preparar a fuga com destino a Moçambique, de onde é natural. Tais suspeitas adensaramse a partir do momento em que Bruno de Carvalho se deparou com a impossibilidade de ser assistente no processo, que já se estava na posse do juiz competente.
Ontem, Bruno de Carvalho e Mustafá chegaram ao Tribunal do Barreiro às 9h17 e José Preto, advogado do antigo presidente do clube de Alvalade, apresentou um requerimento para ser lida toda a acusação, procedimento que se estendeu até à pausa de almoço. Os interrogatórios foram, portanto, adiados para atarde eMus ta fá foi ouvido primeiro, durante hora e meia. Posteriormente, foi interrogado Bruno de Carvalho, por duas horas e meia. Às 18h15 foram ouvidos o Ministério Público e os advogados de Bruno de Carvalho e de Mustafá, que fizeram as respetivas alegações.
Ao início da noite foi emitido um comunicado assinado pelo juiz, anunciando que só hoje, dada a complexidade inerente ao processo, serão decretadas as medidas de coação.