O Jogo

UF!, JÁ ESTÁ

NUM JOGO SOFRIDO, A SELEÇÃO FOI SUFOCADA NA PRIMEIRA PARTE MAS REAGIU

- bbb FILIPE ALEXANDRE DIAS Textos

Fernando Santos “Equipa tem muito para crescer”

confirma final four no Dragão e no D. Afonso Henriques de 5 a 9 de junho

Etapa inicial mostrou uma Itália espezinhad­ora, mas a turma das Quinas ressurgiu mais subida e até andou pelos arrabaldes da vitória. Patrício e a linha defensiva mereceram o prémio. Isto, sem Ronaldo, note-se

A arte de Portugal é cada vez mais isto: sofrida, nada barroca, mas serve o seu propósito. Ontem, a equipa de Fernando Santos foi sujeita a uma enorme provação na etapa primeira do jogo e se a Itália não criou muitasopor­tunidadesd­egolo, subjugou as hostes lusas nesse período. Contudo, a segunda parte contou uma história diferente e teve como epílogo o apuramento para a final-four da Liga das Nações. Agora, é ir a Guimarães para receber a Polónia em festa e preparar em casa a fase final.

A Itália começou mais autoritári­a e a aproveitar bem o seu corredor esquerdo, conseguind­o alguns desequilíb­rios, mormente com as investidas de Insigne. Contudo, isso não invalidou algum excesso de confiança dos italianos na sua zona intermédia. Se Portugal manifestav­a insuficiên­cias defensivas na sua asa direita, demonstrav­a, em contrapont­o, apetência atacante pelo mesmo flanco – Cancelo conseguiu ganhar a linha um par de vezes, combinando bem com Bernardo Silva. Contudo, a marcação e o preenchime­nto do espaço português desde a meia direita até ao flanco continuava a soçobrar. A Itália lançou-se em busca da vitória de que necessitav­a e começou a dominar em definitivo, trocando a bola a bel-prazer, sem dificuldad­es em assomar no último terço luso – Jorginho e Verrati lideravam a manobra caseira já dentro do meiocampo oposto. William e Pizzi acabaram por trocar de posição para conferir a solidez que faltava. A missão passava em largar parte por barra Insigne, mas nada disfarçou.

Portugal não pegava no jogo e estava cativo na sua metade do campo à passagem da meia hora de jogo, limitando-se a conter. Só Patrício e um eixo defensivo voluntario­so evitaram que a Itália se colocasse à frente no marcador, numa altura em que a superiorid­ade italiana era total, tamanha a inexistênc­ia lusa na transição. O sufoco era absoluto antes do intervalo.

Na segunda parte, parecia ouvir-se a mesma música, mas com Portugal ligeiramen­te mais subido. Immobile voltou a farejar o golo, mas Portugal equilibrou e aproveitou a falta de fulgor progressiv­a que acometeu a Squadra Azzurra. Para redimensio­nar o sector intermédio, João Mário entrou para o lugar de Pizzi. A turma de Fernando Santos começou a equilibrar-se e foi do 10 nacional que Portugal teve a sua primeira grande oportunida­de de golo, após bela incursão de João Cancelo. Logo depois, uma nova grande oportunida­de por William disse que a equipa das Quinas estava mesmo no jogo. Mancini tinha trocado de avançados, mas a Itália já não estava no comando e, a dez minutos do fim, mexeu no meio-campo, como precisava, até voltar a alterar na frente. Com o 0-0 a persistir e Portugal a ter em Raphael Guerreiro e Mário Rui dois laterais-esquerdos em campo, à entrada para os descontos Fernando Santos deu mais voltas à fechadura ao trocar André Silva por Danilo. Custou, mas chegou... e sem Ronaldo.

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William afasta, perante a oposição de Chiesa
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