Fonte deu voz à resistência
PORTUGAL
UM A UM
Rui Patrício 7 Cumpriu na perfeição o papel de último bastião da defesa lusa e, durante o período de maior assédio transalpino, fez duas intervenções decisivas (5’ e 35’) para manter a equipa no rumo do apuramento. João Cancelo 7 Nos primeiros minutos não teve mãos a medir face às combinações de Insigne com Biraghi, mas com o decorrer dos minutos acertou o posicionamento e revelou o dom de estar sempre no sítio certo. Quando teve oportunidade para subir no terreno, ativou sempre alarmes na defesa azzurra. Rúben Dias 7 Revelou excelente sentido posicional e uma enorme dose de concentração, ganhando a maioria dos duelos pelo ar ou junto ao relvado. Mário Rui 6 Foi o defesa que revelou mais dificuldades para travar os italianos, mas recorrendo várias vezes ao chutão, lá conseguiu manter a ordem no seu raio de ação. Arriscou dois remates à baliza de Donnarumma, mas ambos se revelaram inofensivos. Rúben Neves 6 Face ao domínio territorial da Itália, bem evidente durante a primeira parte, o médio recuou no terreno e foi uma importante muleta para os centrais. Quando a pressão dos adversários deu alguma trégua, revelou lucidez na primeira fase de construção. William 6 É certo que não conseguiu ser tão exuberante como nos últimos jogos na Seleção, fruto do trabalho incansável de Verratti e Jorginho, mas foi importante na missão de manter intacto o forte. Tal como Rúben Neves, a sua participação a nível ofensivo cresceu quando começaram a faltar as pernas à Itália e foi aí que, num remate de pé esquerdo, obrigou Donnarumma à defesa da noite. Pizzi 5 Muito bem controlado pelo meio-campo do adversário, o médio passou por enormes dificuldades para empurrar a equipa para a frente, alternando entre perdas de bola ou passes curtos laterais sem progressão no terreno. Bernardo Silva 5 Fosse encostado à direita ou pelo corredor central, para onde foi jogar após a saída de Pizzi, o criativo revelou dificuldades para lidar com o jogo físico dos transalpinos e raramente conseguiu arranjar espaço para fazer magia. Bruma 6 Protagonizou duas iniciativas individuais, aos 11’ e aos 53’, e foi dos poucos que esticaram o jogo com o intuito de a equipa respirar, face ao “massacre” a que estava a ser sujeita. Em ambas tinha a baliza em ponto de mira e só foi travado em falta. André Silva 5 Abandonado na frente e à mercê de passes longos e precipitados, o avançado não conseguiu brilhar no seu regresso a Milão. Numa ou noutra ocasião podia ter optado por segurar a bola, mas a tentação de correr para a baliza, sem efeitos práticos, falou mais alto.