O Jogo

Fernando Santos “Esta equipa ainda tem muito para crescer”

Selecionad­or admitiu que Portugal passou por “grandes dificuldad­es” na primeira parte e aplaudiu a forma como se reorganizo­u e garantiu lugar na final-four da Liga das Nações

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Obrigada a ajustes táticos para suster uma primeira parte avassalado­ra dos italianos, a Seleção foi capaz de dar uma resposta positiva. Crescer é isto mesmo, recordou o selecionad­or

Foi preciso resistir a uma primeira parte sufocante para Portugal empatar a Itália e passar à final-four da Liga das Nações. A história do jogo “faznos crescer”, afirmou, no final, o selecionad­or Fernando Santos. “Somos uma equipa que joga há pouco tempo junta e estes jogos também são uma aprendizag­em.”

Da lição de Milão ficaram 45 minutos difíceis de esquecer. “Tivemos muita dificuldad­e”, admitiu, por “aspetos táticos” que foi corrigindo. “Nós sabíamos os movimentos do meiocampo italiano e era isso que depois fazia com que a Itália conseguiss­e ganhar muitas segundas bolas e não permitir que o adversário jogasse. Fez isso muito bem com a Polónia. O movimento do Insigne para dentro criava muitos problemas. O Cancelo não fechou sempre o jogo, o que fez com que oRúben baixasse demasia doe, ao fazê-lo, depois oPizzie o William não conseguiam controlar os outros três jogadores, porque dois contrat rê sé sempre mais difícil. Um dos dois médios fazia um movimento muito vertical e depois apanhava muitas vezes o Mário Rui em desequilíb­rio com dois jogadores”, explicou. Tentou “passar a mensagem para dentro do campo” e Portugal “começou a melhorar”, sem se libertar por completo. “Na realidade, não conseguimo­s nunca ser aquela equipa com discernime­nto, com bola”, admitiu, e lembrou ainda o “exagero” de “querer sair a jogar” na zona defensiva: “Quando o jogo está assim e não conseguimo­s acertar, é preciso dar um chuto para a frente para o ponta de lança segurar e a equipa poder subir.” Tudo isso foi explicado, “ao intervalo”, e “na segunda parte, não houve mais sufoco”, antes “quinze minutos equilibrad­os” e, depois, mais Portugal: “Fomos em crescendo, Itália deixou de ter condições para pressionar, passou a ter de correr atrás da bola e, a partir daí, Portugal foi melhorando”. “Acabou por ser um resultado justo, a partir do momentoem que Portugal foi melhor ”. A entrada de João Mário, que “progride bem com bola”, ajudou na tarefa. Guerreiro foi chamado para “dar criativida­de à esquerda”, sem pôr em risco o equilíbrio conquistad­o e Danilo para “dar estabilida­de”. No fim, festejou-se a qualificaç­ão para a final-four, na penúltima ronda do apuramento. “Temos sempre como objetivo ganhar e ganhar é jogar com criativida­de, dinâmica, com alegria, mas também com segurança,paixão, concentraç­ão. Os jogadores têm-no feito e há que continuar assim. Mas esta equipa ainda tem muito para crescer. Vai cometer erros, como nesta primeira parte em que não foi tão forte como esperávamo­s, mas vai melhorar.”

“[Na primeira parte] caímos também no exagero que querer sair a jogar na nossa zona defensiva”

“Na segunda parte, não houve mais sufoco (...) Portugal foi melhorando e acabou por ser um resultado justo”

“Vamos ver como estão os jogadores a nível de cansaço para decidir quem joga com a Polónia. É um jogo importante, com o estádio cheio e o nosso povo merece o nosso respeito”

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Insatisfei­to com o rendimento da Seleção na primeira parte, Santos grita com Bruma

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