O Jogo

“Heróis somos todos nós”

Dono da baliza recusou a principal fatia de mérito pelo nulo e “espalhou-o” por uma equipa lutadora

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Na ausência de Ronaldo e Pepe, o camisola 1 envergou pela primeira vez a braçadeira de capitão da Seleção Nacional e tornou-se o primeiro guarda-redes desde Vítor Baía, em 2002, a desempenha­r esse papel

Autor de duas defesas decisivas para manter o nulo diante da Itália, Rui Patrício recusou o papel de herói... a solo e repartiu o mérito do apuramento para a final-four da Liga das Nações com os restantes colegas. “Só fiz a minha parte, que passava por não sofrer golos, mas cada um esteve focado na sua tarefa. Heróis somos todos nós”, atirou o camisola 1 da Seleção Nacional, exaltando a capacidade de sofrimento da equipa num jogo onde raramente conseguiu ter bola: “Tivemos muita dificuldad­es em ter a bola. É sempre melhor tê-la do que andar a correr atrás dela. No entanto, quando isso não acontece, também é importante saber defender e foi isso que aconteceu. Lutámos muito para conseguir este resultado.”

Face ao empate registado em Milão, Portugal tornou-se a primeira seleção a atingir a final-four da Liga das Nações – que vai disputar em sua casa (ver página 9) – e Rui Patrício não escondeu a ambição de vencer a primeira edição desta nova competição criada pela UEFA. “Sabíamos que a caminhada neste grupo ia ser muito difícil, mas conseguimo­s atingir o grande objetivo, que passava pelo apuramento para a final-four. Agora vamos lutar para isso [ganhar a Liga das Nações] acontecer, mas temos de pensar jogo a jogo”, frisou o guarda-redes.

Ontem, face à ausência de Cristiano Ronaldo e Pepe, Rui Patrício também se estreou enquanto capitão da Seleção Nacional. Desta forma, o jogador doWolverha­mpton tornou-se o primeiro guarda-redes a usara braçadeira na equipadasQ­uinas desde Vítor Baía, que em 2002 capitanear­a Portugal durante um particular frente à China (2-0). “É um orgulho ter usado a braçadeira, mas o mais importante é dar o melhor por Portugal. Poder representa­r a Seleção Nacional é sempre uma satisfação ”, sublinhou a criada formação leonina, que se junta a um alista restrita de guarda-redes que capitanear­am aS eleção Nacional: Vítor Baía, Manuel Bento e António Roquete.

Por fim, Rui Patrício garantiu que o trabalho árduoéo grande segredo para sustentar a boa fase que está a atravessar na sua carreira. “Todos os dias trabalho para ser e estar melhor, seja desportiva ou pessoalmen­te. É isso que vou continuar a fazer”, rematou o totalista de minutos nesta Liga das Nações.

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Rui Patrício esteve à altura durante o duelo travado no Giuseppe Meazza

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