Uma seleção de segunda classe
Imprensa germânica sublinha o declínio da equipa de Joachim Low a terminar um “annus horribilis”
Já despromovida, a Alemanha joga amanhã o orgulho contra a Holanda Desempenho recente frente à Rússia atenua desencanto da despromoção na Liga das Nações, com a configuração de um novo ciclo de jogadores, a quem os alemães apelidam de “geração turbo”
A Alemanha despede-se amanhã, com a receção à Holanda, do Grupo A da Liga das Nações e a circunstância é assinalada pelos média germânicos como o corolário de um percurso em que a Mannschaft não esteve, tal como sucedera no Mundial, à altura dos seus pergaminhos. “Te- mos um futebol de segunda categoria”, decretou solenemente o “Die Welt”. A generalidade da Imprensa alemã fala do “declínio” da Seleção e enfatiza a urgência de um novo ciclo.
O próprio diretor desportivo da federação, Olivier Bierhoff, admite que, quanto aos resultados, “a equipa bateu no fundo”, mas apressa-se a dar uma perspetiva positiva: “A partir daqui, temos todas as condições para voltar a evoluir.” Esse registo positivo tem como referência a exibição e triunfo recentes frente à Rússia (3-0), na quinta-feira. A aposta para o onze inicial de Joachim Low de jogadores como Leroy Sané, Serge Gnabry e Kai Havertz é o sinal da mudança. A “geração turbo”, como já é chamada, para atacar à velocidade máxima o Europeu’2020. “Pelo que se viu no último jogo, estamos no caminho certo”, aprova o “Bild”.
Ontem, Low deu uma longa palestra, procurando dar motivação extra para o duelo frente à Holanda, não só por estar em jogo o prestígio da Mannschaft, mas também porque o resultado pode ser relevante para a distribuição do sorteio do Europeu – definido como o grande objetivo. Oselecionadorcontinuaamerecer, entretanto, a confiança dos alemães.