O Jogo

ALEXANDRE GUEDES ALARGA INFLUÊNCIA

Avançado continua a desequilib­rar e a chamar os golos. Contra o Santa Clara, precipitou o desvio triunfal de Davidson com um cruzamento

- PEDRO ROCHA

Decisivo na última final da Taça de Portugal, conquistad­a pelo Aves, Alexandre Guedes é o terceiro vitoriano com maior participaç­ão em golos, depois de Davidson e André André

Dormente no começo da época, o vulcão Alexandre Guedes entrou em erupção apenas à sétima jornada, no triunfo contra o Marítimo (1-3), e está para durar. A partir daí, só o Boavista, no Bessa, resistiu às perigosas ações ofensivas do jogador português contratado ao Aves, num jogo em que marcador ficou a zero. Após ter aplicado um bis à equipa madeirense, participou no rodízio de golos aplicado ao Valenciano (0-7), para a Taça de Portugal, voltou a acertar no alvo na receção ao Braga (1-1) e, já na última jornada, abriu caminho para uma preciosa vitória sobre o Santa Clara (2-0), num lance em que apareceu desmarcado sobre a direita a cruzar para Davidson concluir, de cabeça. Valeu a pena a perseveran­ça do técnico Luís Castro, pois o avançado português passou a ser o terceiro jogador do V. Guimarães com maior participaç­ão em golos para o campeonato, com três disparos certeiros e uma assistênci­a, depois de Davidson (dois golos, três assistênci­as) e André André (quatro golos, uma assistênci­a).

Atendendo a que André André assinou três golos de penálti, Alexandre Guedes acaba por ser o segundo mais influente em lances de bola corrida, estando nesta altura a apenas um remate certeiro de igualar os cinco golos que apontou em 23 partidas da época passada, ainda pelo Aves. Autor de 27 golos entre 2015 e 2017, na II Liga, o número 9 teve um registo modesto na época em que se estreou no principal campeonato português, mas não deixou de ser memorável; é que os últimos dois golos de 2017/18 foram apontados no Jamor e valeram a primeira Taça de Portugal da história do Aves (2-1), e logo diante de um “velho” conhecido. Era o Sporting, que, por ironia do destino, havia representa­do desde os iniciados até à equipa B, sendo depois cedido a título definitivo ao Reus, acompanhad­o de Tobias Figueiredo. O central ainda voltaria a Alvalade, já Alexandre Guedes aguentaria em Espanha só mais uma época e em 2015 comprometi­a-se com o Aves, tornando-se numa peça-chave para a subida de divisão do clube nortenho.

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