O Jogo

FEIRA DE GOLOS E LENÇOS

Feirense alcançou os oitavos de final da Taça de Portugal, no Funchal, perante um Marítimo inseguro e sem alma, agravando ainda mais a crise da equipa de Cláudio Braga

- CAROLINA RODRIGUES

A perder desde cedo, o Marítimo afundou-se na falta de confiança e de tranquilid­ade normais em quem leva já dez jogos sem vencer. João Silva bisou na qualificaç­ão do Feirense

O Feirense garantiu no Funchal a passagem aos oitavos de final da Taça de Portugal ao vencer o Marítimo por 3-0, agravando ainda mais a fase negativa dos madeirense­s, que ontem somaram a quinta derrota consecutiv­a e a décima partida sem conhecer o sabor da vitória. Num encontro em que, mais que nunca, tinham de triunfar, os homens de Cláudio Braga até entraram melhor na partida e conseguira­m mesmo criar a primeira oportunida­de de perigo, através de um cabeceamen­to de Joel Tagueu, às malhas laterais, que deu a sensação de golo a alguns espectador­es. Contudo, contra a corrente de jogo, o conjunto de Santa Maria da Feira mostrou maior eficácia e chegou ao intervalo já a vencer por 2-0, um par de golos do meio da rua. O primeiro foi uma bomba de João Silva, aos 11 minutos, e o segundo surgiu num remate de Edson Farias que bateu no companheir­o de equipa Luís Machado e assim traiu o guarda-redes insular, que nada conseguiu fazer para evitar que a desvantage­m no marcador aumentasse.

No reatamento da partida, o Marítimo surgiu ainda com vontade de virar o resultado através de uma ou outra situação de maior perigo, mas como nada acontecia com o passar dos minutos, a falta de confiança e uma grande intranquil­idade tornaram-se notórias e, em consequênc­ia disso, o Feirense veio ainda a dilatar a diferença no marcador com bis de João Silva, que, solto na área, rematou forte e sem hipóteses para Charles. Após este terceiro golo foi evidente o descontent­amento geral dos adeptos da casa, que por várias vezes brindaram a equipa visitante com “olés” e, no final da partida, mostraram o seu total desagrado com o aceno de lenços brancos e assobios bem ruidosos, na despedida do Marítimo da Taça de Portugal. O Feirense fez a festa e a crise agudizou-se nos Barreiros.

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O Feirene esteve sempre à frente do Marítimo

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