PRIMEIRO TEMPO BASTOU
Beirões sem dificuldades para ultrapassar o Vale Formoso, dos distritais dos Açores. Tembeng, Delgado, Xavier, Fernandes e Patrick foram os marcadores
Ontem, o Tondela iniciou uma nova era, com o espanhol David Belenguer presente como líder da SAD, ao lado de Gilberto Coimbra, carismático presidente do clube nos últimos 15 anos
O Tondela está nos oitavos da Taça de Portugal com uma exibição sem mácula diante de um personalizado Vale Formoso, emblema que honrou o futebol dos distritais dos Açores. A goleada começou a esboçar-se muito cedo, aos 20 minutos já havia 4-0 e depois foi gerir em ritmo de treino. A resistência dos açorianos durou sete minutos e caiu com seis golos de bolas paradas; os dois primeiros deitaram por terra qualquer nesga de esperança do Vale Formoso e nasceram de dois cantos marcados por João Mendes, com Tembeng e Delgado a cabecearem com êxito.
Pepa aproveitou para rodar jogadores e ganhou opções válidas para o campeonato, designadamente, para a visita ao Portimonense, adversário direto na luta pela permanência. O Vale Formoso entrou bem organizado, solidário, e mostrou princípios básicos na construção dos lances, mas não conseguiu respirar, face ao ritmo imposto pela pressão alta caseira.
Os primeiros 45 minutos foram fatais para o Vale Formoso que, contra todas as expectativas, arrancou uma segunda parte de enorme coragem
Xavier foi o ator principal na goleada do Tondela ao Vale Formoso e estofo físico, atendendo a que são amadores e hoje já estarão nos respetivos postos de trabalho. O recém-entrado Francisco Duarte (63’) e o incansável Aurínio Mota (71’) obrigaram Pedro Silva a aplicar-se. Só de penálti (79’) o Tondela fechou o marcador, por Patrick que, tal como Tembeng, marcou o primeiro golo pelo Tondela. Na avaliação aos jogadores do Vale Formoso foi tido em conta a paixão e dignidade que individual e coletivamente patentearam, ficando para segundo plano os sete golos encaixados apesar da boa atuação do guarda-redes Armindo Sociedade. No final, o ValeFormososaiuovacionado de pé pelos espectadores e foi muito acarinhado por cerca de meia centena de adeptos açorianos, que tiraram os próprios cachecóis para oferecer aos jogadores e ao treinador Hélio Oliveira.