Na redução da perda é que esteve o ganho
CRESCIMENTO FC Porto embalou para oito triunfos seguidos após melhorar a defender. A equipa pressiona mais à frente e perde menos 10 bolas por jogo
Golo do Schalke 04 na Alemanha resultou de uma bola perdida no meiocampo portista. Conceição conseguiu reduzir esse tipo de erros e ainda “subir” uns metros a zona para a perda da bola
Se tudo falhar no ataque (e Marega não parece disposto a deixar os créditos por mãos alheias), o FC Porto pode bem agarrar-se à solidez defensiva para garantir, pelo menos, o empate e o ponto suficiente para que se consume já o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões. O crescimento da equipa pósderrota na Luz tem muitos alicerces no desenvolvimento do processo defensivo, que já melhorara bastante com a entrada de Éder Militão no onze, em setembro.
A verdade é que o número de golos sofridos com Militão em campo ainda é menor depois da derrota da Luz do que antes e isso porque os dragões encontraram a fórmula ideal para minimizar os erros. Reduzir o número de perdas de bola não forçadas foi o primeiro objetivo do treinador. Ainda segunda-feira Corona falou sobre isso. Mas não foi exclusivamente ao extremo que o técnico exigiu mais segurança com bola. Da primeira metade da época para este ciclo de oito triunfos seguidos, o FC Porto passou a perder menos 10 bolas por jogo, em média. O número é relevante, tendo em conta que a maioria dos adversários joga em contra-ataque e na reação a qualquer erro dos azuis e brancos. O golo do Schalke 04 na Alemanha, por exemplo, resultou de uma perda de Danilo que agora dificilmente se repetiria.
Como bónus, o lugar da perda de bola também melhorou e bastante. Na primeira fase, 35,4% das bolas perdidas aconteciam no próprio campo. Nesta fase, apenas 29,6% das perdas acontecem perto da baliza de Casillas.