PARIS JÁ RESPIRA FUNDO
PSG derrota o Liverpool por 2-1 e vai à Sérvia com o apuramento nas mãos. Arranque voraz dinamita a resistência dos reds, os quais têm de bater o Nápoles e isso até pode não chegar
O Parque dos Príncipes explodiu de festa quando ficou confirmado o 2-1 do PSG sobre o Liverpool. Um pouco à semelhança do abraço entre Kehrer e Thiago Silva quando desarmaram Salah pela última vez. Os parisienses arriscavam ser eliminados da Liga dos Campeões caso voltassem a perder outra vez com os reds (3-2 em Anfield), daí a celebração. Com oito pontos, o PSG vai à Sérvia sabendo que ganhar ao Estrela Vermelha lhe garante, sem outras contas, o apuramento para os oitavos de final. Tuchel desenhou um 4x2x3x1 que asfixiou a primeira fase de construção do Liverpool e a teia valeu um domínio voraz nos primeiros 20 minutos. Alisson salvou duas vezes, negando tentos de Di María e Thiago Silva, porém Bernat, aos 13’, atirou de pé direito para abrir o ativo. Salah, aos 21’, respondeu com perigo, mas cada contragolpe era uma dor de cabeça para o Liverpool. Neymar e Mbappé voltaram ao onze depois das lesões nas seleções e conjugaram a magia para o 2-0. O francês arrancou na esquerda, Alisson ainda travou Cavani, mas Neymar empurrou o 31.º tento na Champions, superando Kaká como o brasileiro mais goleador na prova. O Liverpool adaptou-se à saída de bola rival e voltou ao jogo com um penálti de Milner antes do descanso.
Na segunda parte, Tuchel acrescentou Choupo Moting ao agressivo duo de meio-campo (Verratti e Marquinhos). Mbappé e Neymar na frente impunham respeito. O jogo pautou-se pelas perdas de tempo e o PSG estancou os reds, os quais só enquadraram um remate à baliza, acumulando pela primeira vez na história três derrotas fora de casa. O Liverpool (seis pontos) tem de vencer o Nápoles por 1-0 ou alcançar uma vantagem de dois ou mais golos em caso de tento italiano. Apuramento encaminhadoviroucomplexo para o vice-campeão europeu e Klopp expressou a desilusão: “Não tivemos chances claras e podíamosterdecididomelhor. Costumamos ser das equipas mais criativas, mas parecíamos talhantes.” Tuchel vincou a exibição da equipa: “Todos sofremos, mas provámos poder competir contra uma grande equipa.”
“Precisávamos de dois 6 e, frente a grande rival, provámos valor”
Thomas Tuchel
Treinador do PSG
“Costumamos ser das equipas mais criativas, mas parecíamos talhantes”
Jurgen Klopp
Treinador do Liverpool