O Jogo

PARIS JÁ RESPIRA FUNDO

PSG derrota o Liverpool por 2-1 e vai à Sérvia com o apuramento nas mãos. Arranque voraz dinamita a resistênci­a dos reds, os quais têm de bater o Nápoles e isso até pode não chegar

- FREDERICO BÁRTOLO

O Parque dos Príncipes explodiu de festa quando ficou confirmado o 2-1 do PSG sobre o Liverpool. Um pouco à semelhança do abraço entre Kehrer e Thiago Silva quando desarmaram Salah pela última vez. Os parisiense­s arriscavam ser eliminados da Liga dos Campeões caso voltassem a perder outra vez com os reds (3-2 em Anfield), daí a celebração. Com oito pontos, o PSG vai à Sérvia sabendo que ganhar ao Estrela Vermelha lhe garante, sem outras contas, o apuramento para os oitavos de final. Tuchel desenhou um 4x2x3x1 que asfixiou a primeira fase de construção do Liverpool e a teia valeu um domínio voraz nos primeiros 20 minutos. Alisson salvou duas vezes, negando tentos de Di María e Thiago Silva, porém Bernat, aos 13’, atirou de pé direito para abrir o ativo. Salah, aos 21’, respondeu com perigo, mas cada contragolp­e era uma dor de cabeça para o Liverpool. Neymar e Mbappé voltaram ao onze depois das lesões nas seleções e conjugaram a magia para o 2-0. O francês arrancou na esquerda, Alisson ainda travou Cavani, mas Neymar empurrou o 31.º tento na Champions, superando Kaká como o brasileiro mais goleador na prova. O Liverpool adaptou-se à saída de bola rival e voltou ao jogo com um penálti de Milner antes do descanso.

Na segunda parte, Tuchel acrescento­u Choupo Moting ao agressivo duo de meio-campo (Verratti e Marquinhos). Mbappé e Neymar na frente impunham respeito. O jogo pautou-se pelas perdas de tempo e o PSG estancou os reds, os quais só enquadrara­m um remate à baliza, acumulando pela primeira vez na história três derrotas fora de casa. O Liverpool (seis pontos) tem de vencer o Nápoles por 1-0 ou alcançar uma vantagem de dois ou mais golos em caso de tento italiano. Apuramento encaminhad­oviroucomp­lexo para o vice-campeão europeu e Klopp expressou a desilusão: “Não tivemos chances claras e podíamoste­rdecididom­elhor. Costumamos ser das equipas mais criativas, mas parecíamos talhantes.” Tuchel vincou a exibição da equipa: “Todos sofremos, mas provámos poder competir contra uma grande equipa.”

“Precisávam­os de dois 6 e, frente a grande rival, provámos valor”

Thomas Tuchel

Treinador do PSG

“Costumamos ser das equipas mais criativas, mas parecíamos talhantes”

Jurgen Klopp

Treinador do Liverpool

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Atletas do PSG em êxtase com o triunfo que os mantém na corrida para os “oitavos”
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