PRIMEIRA RESERVA... JÁ A PENSAR NA SEGUNDA
Leão joga no Olímpico de Baku a qualificação para a fase a eliminar da Liga Europa. É este o palco onde, precisamente daqui a meio ano, se disputará a final da prova da UEFA
Tem três anos, custou 560 milhões de euros e tem capacidade para pouco menos de 70 mil espectadores, mas dificilmente deve encher para ver os comandados de Marcel Keizer – pelo menos, hoje
O Sporting entra hoje em campo com um objetivo simples, mas... de extrema importância: vencer o Qarabag no Olímpico de Baku e carimbar, sem necessidade de recurso a terceiros – o jogo entre o Vorskla Poltava e o Arsenal –, a passagem aos 16 avos de final da Liga Europa. Mais? Sim. Vencendo, e garantindo uma vaga nas trinta e duas equipas que disputam a fase eliminar, reservase, também, o direito de sonhar com nova estada no gigante ao largo do Mar Cáspio, precisamente daqui a meio ano – é ali que se joga a final da prova, a 29 de maio.
Numa viagem pelo recinto que merece a categoria de Elite da UEFA (o máximo atribuído pelo organismo em quatro categorias), O JOGO conta-lhe que a obra, com apenas três anos desde a sua abertura, é uma das mais bem equipadas para receber o fenómeno desportivo: talvez por isso tenha concorrido à final da presente edição da Champions (perdeu para o Wanda Metropolitano, onde o Sporting já jogou, em Madrid); talvez por isso seja um dos 13 estádios que vai receber a fase final do Europeu 2020, competição que vai ditar – ou não – a sucessão a Portugal como campeão do Velho Continente.
Com capacidade para quase 70 mil pessoas (por razões de segurança não deve chegar à lotação máxima), a também casa da seleção nacional do Azerbaijão é uma infraestrutura de 60 metros de altura no centro de um vasto complexo, com largas zonas verdes e áreas reservadas para os fãs (no total, tem 215 mil metros quadrados). Tem relva natural, por regra excecionalmente tratada, tal como são os convidados VIP que visitam o Olímpico: há uma zona específica para os receber com capacidade para quase um milhar de pessoas.
Essencial... em todos os aspetos
Vencendo o Qarabag, o Sporting passa a ter 10 pontos no Grupo E e garante, independentemente do que aconteça no outro jogo, o passaporte para a fase seguinte da Liga Europa: é importante não só no aspeto desportivo, mas também no financeiro, uma vez que a entrada na fase a eliminar garante desde logo meio milhão de euros aos cofres da SAD, valor que pode aumentar em função de ser segundo ou primeiro, respetivamente. Recorde-se que, na época passada, os verdes e brancos apenas caíram nos quartos de final, aos pés do Atlético de Madrid, ronda que nesta edição dá 1,5 milhões a cada clube. Quem, no dia 29 de maio, estiver em Baku – e vencer – leva para casa 8,5 milhões de euros. Seria obra... numa obra de génio.