O Jogo

“Diaby, Dost e Nani são o segredo para os golos”

Treinador do Sporting desmistifi­ca a receita do sucesso na hora de marcar e diz que os dez tentos em dois jogos resultam da dinâmica ofensiva e da qualidade individual dos intérprete­s

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Holandês gostou da pressão imposta pelo Sporting, mas não pensa numa hipotética final europeia. Realça, sim, a vontade de melhorar e de conseguir ciclos vitoriosos para os leões

Marcel Keizer termina o segundo jogo como técnico do Sporting com dez golos marcados e dois sofridos. Depois do apuramento frente ao Lusitano de Vildemoinh­os para a Taça de Portugal carimba o passaporte para os 16 avos de final da Liga Europa. O holandês gostou do 6-1 em Baku e explicou o sucesso recente dos leões na hora de finalizar. “O primeiro e o segundo golo advêm da pressão, já é um bom indicador desse trabalho. Claro que é importante marcarmos seis golos. Não há um segredo, simplesmen­te temos bons médios a aparecerem para finalizar e ainda o Nani, o Diaby e o Dost... A capacidade deles talvez seja o segredo”, começa por analisar o novo técnico leonino, que viu melhorias em relação ao primeiro embate: “Não foi um jogo perfeito. Nem fácil, sequer, já que o Qarabag até empatou. Como treinador queremos sempre melhor, mas tivemos uma grande atitude, pressionám­os alto e recuperámo­s muitas bolas. Sofremos um golo e, às vezes, o adversário teve espaço para contra-atacar, portanto ainda podemos fazer melhor. Houve 10 minutos que não foram tão bons, mas penso que defendemos bem.”

Humilde, Keizer vinca o relevo do triunfo para o clube, porém não abordou o facto de ser a primeira vitória europeia da carreira enquanto técnico. “Não penso muito nesse registo. Sei que é importante para o Sporting e sei o que fazemos com a equipa. Temos é de garantir que conseguimo­s ganhar mais jogos”, assevera, desvaloriz­ando a festa ou a euforia dos atletas, a quem deixa uma recomendaç­ão curiosa: “Podem celebrar no avião, na viagem até Lisboa. Depois disso é pensar no Rio Ave, o qual enfrentamo­s na segunda-feira.”

Com o apuramento garantido ainda antes da última jornada, Keizer foi confrontad­o com uma possível chegada à final da Liga Europa. “Acabámos de ganhar um jogo, temos de nos preocupar, sim, em jogar melhor futebol”, responde assertivam­ente, completand­o o raciocínio perante a insistênci­a no tema: “Todos os jogos são importante­s e o Sporting aborda qualquer jogo para vencer, contudo, só podemos analisar o que quer que seja quando soubermos quem é o nosso adversário nos 16 avos de final. Queremos ir o mais longe possível, mas vêm equipas muito boas da Liga dos Campeões e, numa fase de jogos a eliminar, temos de encarar sempre jogo a jogo.” O holandês foi bastante interventi­vo durante a partida e dirigiu-se a todos os jogadores que foi substituin­do, tendo com eles um pequeno diálogo.

“O primeiro e o segundo golo advêm da pressão. Já é um bom indicador desse trabalho”

“Não foi um jogo perfeito nem fácil, sequer. O rival teve contra-ataques, portanto, podemos fazer melhor”

“Jogadores podem celebrar no avião, na viagem até Lisboa. Depois é pensar no Rio Ave. Temos de jogar melhor futebol”

“Final da Liga Europa? Ganhámos um jogo. Só após o sorteio podemos analisar”

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Diaby bisou e, segundo Keizer, é um dos trunfos para a eficácia revelada pelos leões

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