O Jogo

ESTE CANDIDATO DISPENSA BANCO

Entre os quatro da frente, os arsenalist­as são os únicos que ainda não beneficiar­am de golos de suplentes

- PEDRO ROCHA

Depois de ter sido a equipa que mais tirou partido da pontaria dos suplentes (15 golos) na época passada, o Braga vive agora outra realidade. Todos os golos no campeonato foram assinados por titulares

A morder os calcanhare­s ao Sporting e a apenas três pontos do líder FC Porto, o Braga continua bem lançado no campeonato e com margem para crescer.Éo quer e- fle temos 19 golos somados pela equipa, todos apontados por jogadores titulares, ao passo que FC Porto, Sporting e Benfica já beneficiar­am de remates certeiros de jogadores provenient­es do banco de suplentes. Uma arma especial da qual os bracarense­s tiraram partido como nenhuma outra equipa em 2017/18, com 15 golos assinados por jogadores lançados do banco, estabelece­ndo no final da temporada um novo recorde na Liga: 74 golos em 34 jornadas.

Essa aptidão passou nesta temporada para o FC Porto, que contabiliz­a nesta altura cinco golos assinados por suplentes, sendo o Benfica a segunda equipa que mais fez valer os jogadores lançados nas segundas partes dos jogos. Com objetivos bem mais modestos, só o Santa Clara, o Belenenses e o Aves acompanham os arsenalist­as neste surpreende­nte jejum. A verdade é que a equipa de Abel Ferreira faz os possíveis por resolver os jogos muito antes das chamadas danças das substituiç­ões. Dos já citados 19 golos que contabiliz­a à 10.ª jornada, 12 foram obtidos nas primeiras partes dos jogos e apenas cinco, três apontados ao Santa Clara (3-3), um ao Rio Ave (1-1) e um ao V. Guimarães (1-1), não embalaram os bracarense­s para vitórias.

De resto, só por duas vezes é que o Braga teve de aplicar-se a fundo nas segundas partes para chegar às vitórias. Aconteceu à terceira jornada, numa visita ao Aves, com golos de Wilson Eduardo (60’), João Palhinha (64’) e Dyego Sousa (78’), depois de o adversário ter chegado primeiro à vantagem por intermédio de Rodrigo Defendi (52’); e depois à quinta ronda, contra o Sporting, na Pedreira, com Dyego Sousa a resolver a partida aos 67 minutos. Melhor marcador do campeonato, com sete golos em dez jornadas, Dyego era, curiosamen­te, um dos principais descomplic­adores dos minhotos na época passada, terminando o campeonato no topo dos suplentes com mais golos (quatro), a par de Raúl Jiménez (Benfica), Mateus (Boavista) e Luiz Phellype (Paços de Ferreira).

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Abel Ferreira ainda não conseguiu, esta temporada, rentabiliz­ar os jogadores que saltam do banco em golos

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