Dirigentes... vão estudar!
Presidente da associação luta para dotar os gestores desportivos de mais e melhores conhecimentos
O salto para a modernidade do desporto português não está completo e este congresso procurou despertar nos responsáveis dos clubes a necessidade de terem outro tipo de conhecimentos
Portugal terá mais de 100 mil dirigentes desportivos, mas de entre eles, é mínima a percentagem dos que estudaram gestão desportiva. Esta é uma batalha a travar pela APOGESD– Associação Portuguesa de Gestão de Desporto, conforme explicou a O JOGO o presidente da entidade, Dimas Pinto.
“Para os clubes terem sucesso, os dirigentes têm de perceber que há mudanças e que gerir implica complexidade. Muitas vezes são voluntários e nem conhecem a legislação. Os dirigentes têm de saber como se cria uma equipa de trabalho, distribuir tarefas, planificar, lidar com as novas tecnologias, etc. Há todo um conjunto de tarefas que são importantes”, afirmou, à margem do XIX Congresso Nacional de Gestão do Desporto, na Universidade de Desporto de Maior, sob organização da APOGESD, que tem 22 anos de existência e que conta com cerca de 1200 gestores desportivos nas suas fileiras. “Estamos a fazer um levantamento para perceber quantos dirigentes de clubes há em Portugal, com ou sem formação académica. Até ao fim de 2019 esperamos saber quantos gestores já foram formados pelas academias portuguesas, pelas universidades, quantos estão a trabalhar e em que áreas. Isto quando há mais de 10 mil clubes em Portugal”, explica.
A sessão de ontem do congresso terminou com a entrega do prémio de gestor do ano a Victor Félix, presidente da Federação Portuguesa de Canoagem. Hoje decorre a sessão de encerramento.