Golos: a saudade de Óliver
Médio considera que o futebol mudou, que a opinião pública dá agora mais valor às estatísticas, e por isso confia que o trabalho de finalização em breve produzirá muitos resultados
A convicção do médio de que vai triunfar no Dragão e o desejo de deixar uma boa recordação são infindáveis. Por isso revela que acrescentou à criação e à fluidez na circulação de bola a consistência defensiva
Um ano, oito meses e 28 dias sem marcar é tempo suficiente para despertar em Óliver uma saudade imensa do golo. Em entrevista à revista “Dragões”, o médio revelou que é disso que mais falta sente, porque “festejar com os adeptos é algo incrível”. Esse, aliás, é o “próximo desafio” a que se propõe. “Um golo muda tudo, porque agora, na análise que se faz nos programas de televisão, nos jornais, no mundo do futebol, no fundo, as estatísticas são importantes. Tenho saudades, sim, e trabalho todos os dias para que chegueessemomentoetenho a certeza de que vai chegar. E acredito que quando chegar o primeiro, depois vai ser mais fácil”, referiu, ainda que esteja convencido de que também pode “dar outras coisas”. “Sou alguém que gosta de ter a bola nos pés e de poder dar fluidez à circulação de bola da equipa, posso criar e encontrar espaços, posso dar cobertura...”, enumerou.
Jogar num sistema com dois médios “é diferente” do que
Óliver Torres estava habituado, mas Óliver sente que está mais adaptado às ideias de Sérgio Conceição, que lhe tem sublinhado a importância de haver “consistência defensiva”. “Penso que melhorei bastante nessa vertente”, nota o espanhol, prometendo nunca virar as costas aos dragões até que lhe digam quetemde“procuraroutrocaminho”. “Sei que vou triunfar aqui e, se sair daqui, será porque é bom para mim e para o clube. Se vier a acontecer, quero que os adeptos fiquem com uma boa recordação de mim”, declarou.
Questionado sobre as alegadas semelhanças com Deco, ex-dono da camisola 10, diz ser “um prazer e um orgulho”. “É uma referência pela maneira de jogar que tinha e oxalá possa chegar a ser metade do que foi o Deco”, disse o médio, que assumiu a titularidade com o Vila Real, num jogo que enfrentou “como se fosse a final da Liga dos Campeões”.
Óliver ganhou a titularidade após o clássico da Luz