“Já vi Vieira ser mais feliz”
Administrador da SAD não foi ouvido quanto à permanência de Rui Vitória e considera que o presidente e o treinador vão estar mais pressionados a partir de agora
“Não gosto de acordar com mensagens a chamarem-me nomes”
José Eduardo Moniz
Administrador da SAD do Benfica
Apesar da solidariedade com a decisão tomada, o administrador da SAD defende a limitação de mandatos, por ser sinal de “democracia e do princípio da alternância e renovação”
No novo programa da TVI, “Entre Deus e o Diabo”, conduzido pelo admininstrador da SAD encarnada, José Eduardo Moniz, este respondeu a várias questões e demonstra não estar em sintonia com Vieira. Foi ouvido neste processo de permanência do treinador? —Além do presidente, Domingos Soares de Oliveira e Rui Costa, há mais dois administradores, eu e o Nuno Gaioso. Nenhum foi solicitado a intervir neste período, mas toda a gente sabe que as questões do futebol são tratadas diretamente pelo presidente. Sentiu-se incomodado pelos sócios? —Não gosto de acordar com mensagensachamarem-menomes, porque o Benfica não é isto. Temos de estar unidos num momento difícil, porque foi essa unidade que me levou ao Benfica, para ajudar a garantir estabilidade. Precisamos de devolver essa estabilidade ao Benfica. De quem é a responsabilidade pelo que se passou esta semana? —Não vou assacar culpas ao treinador nem a ninguém em particular. O presidente é o responsável pelo futebol e explicou como foi levado a tomar aquela decisão. Já vi Luís Filipe Vieira ser mais feliz noutras intervenções e a pressão do momento não ajudou para isso. Rui Vitória tem condições para continuar? —O presidente acha que tem e nós temos de acreditar que o treinador está apto. Há mais pressão sobre os dois e o que há a fazer é ajudar ambos. Pode haver cansaço por parte de Luís Filipe Vieira? —Luís Filipe Vieira tem feito um trabalho notável e sem ele o Benfica não era o que é, mas não somos obrigados a concordar com ele. Manifestamos opiniões, ele ouve e decide. A longevidade e o cansaço medem-se pelos resultados. Sou defensor de que presidentes e Direções devem ter limitação de mandatos, porque é assim que funciona a democracia e o princípio da alternância e renovação. Mas estou solidário com o que está feito e não estou disponível para abandonar barcos em tempos de crise. Nunca o fiz e jamais farei.