O Jogo

Matar a fome sem ir ao VAR

Jogo teve todos os condimento­s, com emoção, muitos golos, lances bem elaborados, futebol de qualidade, momentos incaracter­ísticos e uma série de casos de arbitragem

- MANUEL CASACA

“Podíamos e devíamos ter apresentad­o mais qualidade, mas o adversário teve mérito. Reagimos, mas depois o Nacional fez dois golos”

José Mota

Treinador do Aves

“Não temos rotinas de I Liga, mas temos qualidade. Os duelos individuai­s eram importante­s, porque fisicament­e o Aves é mais forte”

Costinha

Treinador do Nacional

Suportado por um futebol bem trabalhado, o Nacional venceu com justiça. José Mota arriscou tudo na segunda parte, mas Costinha ganhou a luta dos bancos

O Nacional venceu e deixou os lugares da descida, tendo até ultrapassa­do o adversário de ontem na tabela. Um triunfo jus toda melhor equipa em campo. Comum a exibição personaliz­ada, os madeirense­sapresenta­ram um futebol de enorme qualidade e com boa circulação de bola. Foi, portanto, sem surpresa, que Vítor Gonçalves inaugurou o marcador, mas também não é menos verdade que a equipa devia estar a jogar com menos um desde os dois minutos, já que Diogo Coelho viu o amarelo numa entrada merecedora de vermelho. O Aves respondeu sobretudo com movimentos pelas alas ou através de lances de bola parada. Foi desta forma que Carlos Ponck empatou, num lance em que o central ganhou no jogo aéreo com Felipe.

A segunda parte teve mais emoção e decisões polémicas, com erros de toda a equipa de arbitragem, o videoárbit­ro Bruno Paixão incluído. O segundo golo do Nacional, por exemplo, resultou de uma falta clara de Nildo sobre Kalindi, aos 62’, mas o árbitro só assinalou a irregulari­dade quatro minutos depois e com recurso ao VAR. Nem era necessário. Isto já depois de um lance em que o Aves ficou a reclamar um penálti sobre Derley.

A perder, José Mota arriscou, juntando Rodrigues e Mama Baldé a um ataque que acabou a jogar com quatro avançados. A equipa ficou desequilib­rada, aproveitan­do Costinha para reforçar a linha atacante com as entradas de Riascos e Róchez. O terceiro golo não surpreende­u e nasceu de uma jogada de entre os dois avançados que tinham saltado do banco. Estranhame­nte, o árbitro auxiliar assinalou um fora de jogo, mas o recurso ao VAR validou o golo. Mais uma decisão que nem precisava de auxílio.

O Aves ainda reduziu por Mama Baldé, num lance tecnicamen­te bem construído e que fechou um bom jogo.

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Carlos Ponck e Bryan Róchez marcaram e tiveram uma luta interessan­te ao longo do jogo

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