UM TRIDENTE DE LUXO
O Portimonense reagiu bem ao tento madrugador de Xavier, logo aos 14 segundos, e teve em Paulinho, Jackson e Nakajima um trio inspirado, que fez toda a diferença
Pepa mexeu ainda no primeiro tempo, mas foi só após o 3-2 que o Tondela reentrou na discussão dos três pontos. Os algarvios enviaram duas bolas aos ferros
Um jogo que parecia resolvido pelo Portimonense acabou por ser relançado com o golo de Tomané, qual antídoto para um Tondela que entrou literalmente a ganhar – Xavier apontou o tento mais madrugador do campeonato, aos 14 segundos – e depois, adormecido e incapaz de reagir, foi trucidado pelos algarvios, que chegaram ao 3-1 e quase podiam ter duplicado a vantagem, tantas foram as oportunidades, em especial através de Jackson Martínez, ainda no primeiro tempo, e de Paulinho, que atirou à barra no início do segundo. Após o 3-2, com o jogo dividido e às vezes aos repelões, sucederam-se os momentos de perigo junto das duas balizas, nomeadamente quando Jadson evitou o empate (74’), já com Ricardo Ferreira ultrapassado, e quando Nakajima rematou ao poste (84’).
A reação do Portimonense ao golo de Xavier justificou o volte-face categórico e parecia ter decidido a questão, mas Pepa despertou o Tondela com a entrada de João Mendes (estreia na Liga), que esteve muito bem nas movimentações e na organização. Mexeu nas peças, não na estratégia, mas foi o suficiente para dar alento a Xavier, Murillo e Tomané. O sector defensivo é que não correspondeu, permitindo que Nakajima, Jackson e Paulinho continuassem a fazer a diferença e a semear o pânico.
Tomané viu o segundo amarelo perto do fim, reduzindo as opções dos beirões para o assalto final, mas nessa altura também já Jackson abandonara o relvado, de maca, lesionado no tornozelo esquerdo, o tal que motivou a sua prolongada ausência dos relvados. Ou seja, abundaram as incidências numa partida agradável de seguir mas da qual só o Portimonense saiu a sorrir, ganhando pontos a vários adversários diretos. Uma nota para o regresso de Jadson ao centro da defesa (só tinha um jogo disputado, com o V. Guimarães) e para as alterações a que Folha procedeu no sector, deslocando Manafá para o flanco direito e encostando Rúben Fernandes no corredor oposto.