O Jogo

QUANDO SE PERDE COM UM SABOR A VITÓRIA

Sporting exibiu um perfeito nível de Champions, assustou o Silkeborg até ao último lance e ficou com o melhor rival no play-off

- CARLOS FLÓRIDO

O Sporting apresentou­se na Dinamarca para fechar o GrupoCdaLi­gadosCampe­ões numa situação rara: o Silkeborg liderava, mas com os mesmos 14 pontos dos leões e do Presov, precisando de pontuar para se apurar; a equipa portuguesa era segunda, mas já estava apurada – por ter vantagem direta sobre os eslovacos – e sabia que o segundo lugar até implicava ficar com o rival mais acessível no playoff de fevereiro, pois o Dínamo de Bucareste, sétimo do campeonato romeno, surpreende­u o Wisla Plock, terceiro na Superliga polaca, no desfecho do Grupo D.

Apesar das condições particular­es, o Sporting entrou para discutir o triunfo – “Ninguém está a fazer contas, jogamos para ganhar”, garantira o técnico Hugo Canela antes da partida – e fê-lo de forma descontraí­da, num início muito rápido: aos três minutos, o resultado estava em 3-3. Foi depois desse ímpeto inicial que os leões começaram a impor o seu jogo, provando que o triunfo do Silkeborg em Lisboa não espelhara a qualidade deste Sporting. Com Ruesga a desarmar a defesa dinamarque­sa, que nem mudando para 5:1 o segurou, os leões surpreende­ram pela quantidade de soluções. Luís Frade passou, aos 20 anos, de bom defensor a pivô completo e fez quatro golos no primeiro tempo, Ivan Nikcevic e Fábio Chiuffa entraram com eficácia total e aos 15 minutos o 4-9 preocupou o Silkeborg.

É verdade que os dinamarque­sesrecuper­aram,emparte aproveitan­do o elevado número de exclusões dos leões – foram 14 minutos em inferiorid­ade numérica –, mas também exibindo a sua qualidade. Quando os laterais Nikolaj Nielsen e Markussen começaram a acertar a meia-distância o jogo foi mudando, embora não tanto como o Silkeborg desejaria, pois nunca conseguiu mais do que um golo de vantagem e o segundo tempo foi de um equilíbrio extremo: onze empates e o Sporting na frente por cinco vezes. Só a nove segundos do fim a equipa da casa respirou de alívio...

Quanto ao Sporting, provou ter qualidade para o nível mais elevado da Champions, que vai procurar atingir superando o Dínamo de Bucareste, em fevereiro. Os romenos, que possuem três tunisinos – um deles, Amine Bannour, é a estrela – e dois iranianos, dificilmen­te impedirão leões a jogar como ontem de ir aos oitavos de final medir forças com os tubarões.

“Estou muito contente com o que a minha equipa fez aqui. Estivemos sempre dentro do jogo e só perdemos por detalhes”

Hugo Canela

Treinador do Sporting “Conseguimo­s o mais difícil neste pavilhão, jogar com tranquilid­ade. Mostrámos que a passagem não foi uma surpresa”

Carlos Galambas

Diretor do Sporting

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Thomsen tenta travar Stjepanovi­c, que ataca aos seis metros tendo Edmilson Araújo e Luís Frade na expectativ­a

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