O Jogo

Campeão “double face”

- Manuel Queiroz Sporting deixa boas sensações em Vila do Conde – e ganha

Antes tinham sido o Braga (Soares, 88’), o Varzim (autogolo de Payne aos 81’; André Pereira, 86’), o Tondela (Soares, 85’) e o Belenenses (Alex Telles, de penálti, 96’). Agora foi Hernâni, aos 95’, no Bessa. Raramente na época passada o FC Porto esperou até tão perto do fim do jogo para marcar o golo da vitória – só na Luz, e não houve muito mais jogos a sofrer assim. Este ano há um campeão “double face” – tem mais confiança mas ainda não encontrou o registo certo, sobretudo no ataque. Mas tem menos quatro pontos que na época passada (e menos oito golos marcados e mais dois sofridos). Já agora, o Sporting tem menos dois pontos, o Benfica menos três e o Braga tem mais dois. No Bessa, o campeão encontrou uma resistênci­a armada que colocou problemas difíceis de resolver – não sei se outra equipa da Liga era capaz de ganhar perante as facas nos dentes dos jogadores da casa. Ganhou no último minuto dos descontos, num jogo de bolas paradas e numa jogada que começou num lançamento lateral. Percebeu-se que a meio do primeiro tempo houve ordens para dar largura ao jogo, mas o Boavista fez um trabalho notável, usando tudo o que podia e o que não devia para fechar os caminhos da baliza. Muito bem o jovem Gonçalo Cardoso na marcação a Marega, mas não pode agarrar tantas vezes o adversário. Teve azar em colaborar no golo. O Sporting ganhou ontem em Vila do Conde com autoridade e com naturali- dade. Jogo simples, meiinhos rápidos, pressão alta, equipa confortáve­l no jogo e um grande golo de Jovane a acabar com as dúvidas. Marcel Keizer tem uma proposta de jogo sedutora e que para já funcionou muito bem, perante um Rio Ave macio mas que sabe jogar e ontem conseguiu-o poucas vezes. A equipa do Sporting está alegre e confiante, com um jogo que sai com naturalida­de e tem resultados. Porque além do 3-1, criou muitas oportunida­des de golo. O melhor jogador do Rio Ave foi o seu guardarede­s. E Bas Dost, afinal, também sabe participar no jogo, não é só de um toque na grande área. Muito boas sensações neste leão, que é segundo, independen­temente de o Rio Ave até ter estado perto do empate na segunda parte. O Braga despachou cedo o Moreirense – mas não foi fácil. Teve nota artística no golo de Paulinho – merece ser chamado à Seleção – e segue ali, orgulhosam­ente, pelos seus próprios meios, entre os grandes. Este mês tem jogos importante­s: a qualificaç­ão para a final-four da Taça da Liga, o Benfica na Luz. A vitória do Benfica de Vitória era obrigatóri­a e chegou na segunda parte, com uma subida imponente do ritmo do jogo e encostando o adversário às cordas – e ele lá ficou. Rafa finalmente parece querer assumir algum protagonis­mo numa equipa que tem tido pouco quem o consiga assumir. O Feirense acabou por ser um rival simpático, nem conseguind­o sequer manter a organizaçã­o que normalment­e distingue a equipa. E atenção, dezembro é mês de Natal e de muitos jogos importante­s.

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Campeão deparou-se com enorme resistênci­a no Bessa
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