O Jogo

Valente contra “jogo muito pobre”

O novo técnico orientou ontem o primeiro treino e prometeu “entusiasma­r a cidade” com futebol de qualidade

- ANDRÉ VELOSO GOMES

Fernando Valente não falou sobre objetivos classifica­tivos e vai começar por trabalhar a parte psicológic­a dos jogadores. O 4x4x2 que há 20 anos lhe valeu “críticas” é agora usado por todos

Com “muita honra” por representa­r “um clube com uma grande história”, Fernando Valente apresentou-se no Varzim com vontade de “acordar a massa associativ­a”. “Sou um fanático do trabalho em equipa eesteéumgr ande desafio, porque estaci da deédi ferente e o ambiente nos jogos é muito bom. Estou preparado para enfrentar as pessoas olhos nos olhos e queremos entusiasma­r a cidade”, disse o treinador, garantindo que conhece “grande parte dos jogadores”. “Sei muito do que se tem passado no Varzim nos últimos tempos e não está fácil, mas tenho vivido contextos complicado­s e nada me assusta”, afirmou o técnico com a certeza de que “é possível fazer algo diferente”. “A história do Varziméfei­t ade um futebol com muita qualidade, mas, nos últimos anos, o jogo em Portugal está muito pobre. Acredito muito nas minhas ideias e quero influencia­r os jogadores”, acrescento­u, não apontando objetiv os .“Vou começar pelo trabalho psicológic­o e pela buscada felicidade. Quem não estiver apaixonado no futebol, tem de mudar de profissão”, disse o treinador que quer “ganhar como toda a gente”, vincando que o fundamenta­l é “a maneira como se consegue”. “Pediram-me para fazer o melhor possível. A minha carreira depende de resultados, mas a minha vida não”, sublinhou.

Adepto do 4x4x2, Fernando Valente assume-se como um treinador “fora da caixa”, salientand­o que, no passado, foi “criticado por estar ultrapassa­do”.“Vinte anos depois anda tudo na ‘tanga’ do 4x4x2. O importante é que a equipa saiba o que fazer mediante os problemas de cada jogo, porque há momentos em que vou jogar em 4x4x2, outros em 3x4x3 ou em 4x2x4. Há muita carneirada e tendência de seguir padrões, mas o importante é que os jogadores se sintam confortáve­is e que nenhum esteja sozinho em campo”, sublinhou Valente, assumindo que ficou “tão entusiasma­do” com o ingresso no Varzim que se esqueceu da “duração do contrato”. “Isso não me preocupa. Gosto de contratos de um ano e, no fim, as pessoas avaliam o meu trabalho”, concluiu o novo timoneiro dos poveiros.

“Sou um fanático do trabalho em equipa e este é um grande desafio, porque esta cidade é diferente” Fernando Valente Treinador do Varzim

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Fernando Valente, 59 anos, até se esqueceu da... duração do contrato

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