O Jogo

Braga fica a um passo

Rui Vitória: “Gostei dos jogadores da formação que entraram”

- Textos MARCO GONÇALVES

O nome da prova condiciono­u as duas equipas, muito mudadas, o que afetou o ritmo de jogo. A vencer desde cedo, as águias evitaram sobressalt­os sem sofrimento e até podiam ter marcado mais golos

À procura de dias felizes, depois da tempestade que assolou o clube na semana passada, e após a goleada sofrida em Munique e que ia valendo o despedimen­to de Rui Vitória, o Benfica deu sequência ao triunfo sobre o Feirense com a conquista dos três pontos ante o Paços de Ferreira sem precisar de acelerar muito. Num jogo lento, sem ritmo e com poucos motivos de atração, foram os golos e o entusiasmo de João Félix que deram alguma chama à noite na Luz, que apesar da exibição a meio gás permitiu voltar a ver sorrisos entre as águias.

O golo de Seferovic logo cedo tirou dos ombros encarnados o peso da intranquil­idade, permitindo que a equipa gerisse o jogo, ao comando de um miúdo que aproveitou a vaga de oportunida­des concedidas por Rui Vitória para brilhar e mostrar novos argumentos para justificar as elevadas expectativ­as que no clube depositam nele – o golo que descansou definitiva­mente a equipa é exemplo disso, com um toque de artista e finalizaçã­o de classe, anulando a partir daí maiores esperanças por parte do líder da II Liga. O Benfica conseguiu assim chegar ao topo do grupo, objetivo delineado por Rui Vitória e um fator importante para a deslocação ao terreno do Aves (basta o empate para seguir para a final-four), na última jornada, afastando definitiva­mente o adversário de ontem da prova.

Sem o peso competitiv­o de campeonato ou até Taça de Portugal, os dois treinadore­s optaram por mexer bastante nos respetivos onzes iniciais. Mas se Rui Vitória ficou-se por meia equipa, já Vítor Oliveira, tal como havia prometido, abdicou da Taça da Liga e rodou porcomplet­ooonze,guardando as suas estrelas.

O Benfica assumiu o seu favoritism­o e comandou a partida desde início com uma posse de bola esmagadora, que baixou ligeiramen­te após o golo de Seferovic, altura em que o Paços de Ferreira, procurando respirar, subiu no terreno, mas sempre sem conseguir criar sobressalt­os no último reduto encarnado, onde curiosamen­te Rui Vitória optou por manter três das peças habituais (André Almeida, Rúben Dias e Jardel), procurando dar estabilida­de e segurança a um sector que tem revelado grandes fragilidad­es esta época, visível nos muitos golos consentido­s – algo que ontem evitou pelo segundo duelo consecutiv­o.

Com João Félix em alta, e um Alfa Semedo todo-o-terreno, a limpar atrás e até a desequilib­rar na frente, o Benfica contou também com um Krovinovic pela segunda vez como titular (o técnico fez questão de mantê-lo até final mesmo desgastado, dando-lhe o máximo de minutos possíveis), mas desta feita a jogar pelo meio, na sua posição de origem. Ainda preso, fez questão de assumir o jogo, mostrando que pode ser “reforço” para janeiro. No entanto, o andamento ainda foi reduzido, razão pela qual a cortina defensiva pacense até se salvou de grandes problemas, algo que até mudou no segundo tempo, quando Vítor Oliveira arriscou algo mais, lançando Pedrinho e Uilton, que entraram bem. O Paços de Ferreira melhorou, obrigando as águias a mais cuidados defensivos, mas curiosamen­te, e mesmo acabando por não consentir mais golos, permitiu maiores veleidades ao Benfica até por culpa própria. Os castores falharam várias vezes em zona de construção mais recuada, perdendo a bola e permitindo ataques rápidos ao conjunto encarnado, que falhou, porém, na finalizaçã­o.

 ??  ?? Vítor Oliveira:“Há fora de jogo no primeiro golo e falta no segundo”
Vítor Oliveira:“Há fora de jogo no primeiro golo e falta no segundo”
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Rui Vitória deu mais uma oportunida­de a Castillo
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