Vítor Murta sucede a João Loureiro
Atual presidente coloca ponto final em 16 anos à frente do clube
Vítor Murta lidera a única lista candidata às eleições do Boavista para o triénio 2019-2021, cuja data será definida brevemente pelos Órgãos Sociais. O atual presidente adjunto avançou com a candidatura ontem, no prazo-limite para o efeito, e tornou-a pública pouco tempo depois de João Loureiro comunicar, nas redes sociais, a intenção de não se recandidatar, colocando, assim, um ponto final de 16 anos à frente dos desígnios do clube. Este espaço temporal, porém, não foi cumprido de forma sequencial, uma vez que João Loureiro suspendera o mandato em 2007, na sequência do processo Apito Final, que precipitara o Boavista para o segundo escalão nacional, na altura a Liga de Honra.
João Loureiro reassumiu a gestão do clube e da SAD ao ser eleito com 567 votos favoráveis, no dia 28 de dezembro de 2012, numa altura em que a equipa disputava o Campeonato Nacional de Seniores, a uma distância de duas épocas de o Boavista ser reintegrado na I Liga. O ainda presidente recorda esse trajeto num longo comunicado dirigido aos sócios a explicar os motivos porque cessa mais um capítulo na liderança do clube do Bessa. “Anuncio por óbvias razões de estabilidade”, lê-se a terminar o primeiro parágrafo da nota pública, na qual elenca todo o processo de recuperação da instituição a nível fi- nanceiro e desportivo.
“Foram seis anos destress intenso e sem pausas, com enormes riscos e responsabilidades pessoais ”, desabafou João Loureiro, manifestando-se tranquilo em relaçãoàdeci são tomada.“É este, no final do mandato, o momento para deixar de ter funções executivas e abrir espaço para que uma nova geração as assuma.” O futuro pertencerá agora ao elenco diretivo liderado por Vítor Murta, no fundo, o seu braçodireito e seu substituto na presidência da SAD, em 2016, quando “por razões pessoais” decidiu retirar-se.
Os novos Órgãos Sociais para o triénio 2019-2021, que serão liderados por Vítor Murta, apresentam Manuel Tavares Rijo para a Mesa da Assembleia Geral, um nome muito ligado à história do Boavista, ainda da regência de Valentim Loureiro.
“Penso que é este, no final do mandato, o momento para deixar de ter funções executivas e abrir espaço para que uma nova geração as assuma”
“Estão criados os alicerces fundamentais para que, desde que continue a haver o necessário rigor, o Boavista possa ficar sustentado” João Loureiro Presidente do Boavista