O Jogo

DA TORMENTA AO RECORDE FOI UM INSTANTE

IMPLACÁVEL O FC Porto conseguiu a 11.ª vitória consecutiv­a e igualou o registo do Arsenal num jogo em que até esteve a perder, mas a grande resposta da equipa de Sérgio Conceição resolveu o problema

- Textos MANUEL CASACA

Vendaval portista na segunda parte permitiu à equipa passar do empate à goleada em oito minutos. Marega, Soares e Brahimi resolveram o problema frente à “besta negra” de Casillas

O FC Porto continua imparável. Ontem chegou às 11 vitórias consecutiv­as em todas as competiçõe­s e igualou o feito alcançado pelo Arsenal, mas foi preciso dar a volta à situação, porque o Portimonen­se até esteve a ganhar. Tormena, defesa da equipa algarvia e autor do primeiro golo, bem podiachama­r-se“Tormenta”.Foi certamente o que os portistas sentiram quando o brasileiro bateu Casillas, que, desta forma, não conseguiu igualar o melhor registo de cinco jogos sem sofrer golos desde que chegou ao Dragão, confirmand­o-se o Portimonen­se como a sua “besta negra” em Portugal. O espanhol até nem teve culpas no golo, tendo a responsabi­lidade de ser apontada a Alex Telles, que devia estar atento ao seu adversário direto, num lance em que a defesa se mostrou estática.

A perder, contudo, o FC Porto não ficou afetado, bem pelo contrário – acordou para a realidade. Com Soares de regresso à titularida­de e a jogar ao lado de Marega, o ataque portista teve pela frente uma defesa composta por três centrais. Esta era, inclusive, uma das dúvidas na equipa que António Folha iria apresentar no Dragão; a outra era a utilização ou não de Jackson Martínez. Muito saudado pelos adeptos portistas e pelos excompanhe­iros, o colombiano jogou de início. E que bem jogou! Não está claramente em grande forma, nota-se até o esforço para jogar, e manca. Mas a qualidade está lá, como seviuemvár­iosmomento­sdo jogo, incluindo o lance que originou o golo de Tormena.

A boa reação da equipa treinada por Sérgio Conceição valeu-lhe um primeiro golo, marcado por Brahimi num tiro de fora da área, mas o lance foi anulado para ser assinalado fora de jogo a Soares, que estava a tapar o ângulo de visão ao guarda-redes Ricardo Ferreira. Nada que abalasse a confiança da equipa da casa. Foi, portanto, sem surpresa que o FC Porto empatou, através de um cabeceamen­to perfeito de Marega depois de um canto apontado por Alex Telles. O mais difícil parecia feito, mas o Portimonen­se nunca baixou os braços, apresentan­do um futebol de qualidade, com os jogadores a saírem bem para o ataque. Nakajima e os ex-portistas Paulinho e Jackson foram sempre um problema para a defesa do FC Porto.

Na segunda parte, já com Herrera a comandar as operações e a fechar os espaços na companhia de Danilo, o vendaval portista não tardou muito: no espaço de oito minutos, os dragões passaram do empate à goleada. Quem tem Soares, Brahimi e Marega arrisca-se a isso mesmo. Os três da frente voltaram a marcar, resolveram o problema e os números até podiam ser diferentes caso a pontaria se tivesse revelado mais afinada e o guarda-redes Ricardo Ferreira não estivesse numa noite inspirada. Seria, contudo, um castigo pesado e imerecido para os algarvios. A equipa de António Folha nunca se rendeu e até dispôs de mais algumas oportunida­des para marcar, mas Casillas confirmou o excelente momento que atravessa e a grande época que está a realizar.

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Herrera substituiu Óliver ainda na primeira parte
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