Saber dançar a música que toca
Num jogo repartido, os famalicenses utilizaram processos simples e objetivos para ganhar
O golo de Fabrício, obtido na sequência de um canto de Fabinho, com desvio de Ângelo ao primeiro poste, foi suficiente para garantir o regresso do Famalicão às vitórias e à li- derança da II Liga, ainda que à condição. Os homens da casa saíram por cima no duelo com o Leixões, mas não tiveram tarefa fácil, muito por ação da equipa de Matosinhos, que repartiu as incidências do jogo e discutiu o resultado até ao derradeiro apito de Artur Soares Dias. O jogo decorreu numa toada de parada e resposta mas sem atingir a nota artística inerente à excelência do relvado e ao elevado número de espectadores que presenciou o confronto: 4127.
O jogo teve uma boa intensidade e aqui e ali alguns lances bem desenhados, que resultaram em ocasiões desperdiçadas pelas duas equipas, embora o golo tenha saído de um lance de bola parada, ensaiado ao longo da semana. A vantagem cedo alcançada acentuou o pragmatismo dos locais, que, sobre o intervalo, viram o disparo do empreendedor Roniel, no coração da área, sair ligeiramente por cima. Após o intervalo, o Leixões ganhou algum ascendente territorial mas foram Feliz e Koffi a colocar em perigo a baliza de Tony (65’).
Matheus Costa, após livre de Breitner, pôs Defendi à prova (78’ ) mas já então Sérgio Vieira apostava na coesão da equipa e em rápidas transições, que permitiram que Sylla se isolasse e rematasse ao lado (81’), e, pouco depois, fosse a vez de Anderson, que resultou na expulsão de Tony, após derrube ao brasileiro. Já nos segundos finais, Kukula cabeceou a rasar o poste num bom cruzamento de Jorge Silva.
“Foi um grande jogo em termos de intensidade e entrega, de I Liga”
Sérgio Vieira
Treinador do Famalicão “Fizeram um golo na única oportunidade e nós não. Temos de aceitar”
Filipe Gouveia
Treinador do Leixões