BASTOU MEIO TEMPO
FC Porto esteve apático na primeira parte, mas na segunda acordou e mostrou os seus trunfos
Dois FC Portos, dois “jogos” num só jogo. O resultado final da receção ao AC Fafe ficou dentro das previsões, com um triunfo fácil, por 40-18. Mas no primeiro tempo o marcador registava 15-13. Nos segundos trinta minutos a “música foi outra” e o ralhete que Magnus Andersson confessou ter dado aos seus jogadores mudou tudo: o Dragão marcou muito mais e sofreu muito menos (25-5). O AC Fafe também acusou o facto de nos últimos tempos andar a jogar de três em três dias.
É evidente que o FC Porto entrou com a cabeça no jogo do próximo sábado, para a Taça EHF, com o Cuenca, e esperou que a diferença de valores fizesse o resto. Não ocorreu de imediato, mas com o desenrolar do jogo isso acabou por suceder. Quem esteve sempre em alto rendimento foram os quatro pontas utilizados. Cada um esteve em campo 30 minutos e, no final, fruto fundamentalmente de contra-ataques letais – Thomas Bauer esteve particularmente bem a lançá-los –, acabaram por marcar 26 dos 40 golos do FC Porto (65%...). Para terminar a análise portista com outra percentagem excelente, recorde-se que, também com 30 minutos de jogo, Alfredo Quintana defendeu 13 bolas em 18 remates (78% de eficiência).
Uma referência elogiosa para a equipa fafense que entrou motivada no Dragão Caixa pela vitória sobre o ABC. Teve gás durante os primeiros 30 minutos indo para o balneário só com menos dois golos que o adversário, muito por obra do seu guarda-redes o cubano Reynel Nelson, que saiu do banco aos quatro minutos, quando Nuno Silva levou um cartão vermelho, e cumpriu bem até ao fim a sua missão.
“Ao intervalo estava muito zangado. O rendimento seguinte foi bom”
Magnus Andersson
Treinador do FC Porto “Muito satisfeito com a primeira parte, mas a quebra para a segunda preocupa”
Armando Pinto
Treinador do AC Fafe