Vieira travou saída de Ferro
Central lançado em estreia no dérbi foi alvo de Rio Ave e Marítimo, mas líder das águias fechou a porta
Face à previsível saída de Lema, nos planos dos encarnados já estava a promoção do camisola 97. A ideia foi transmitida ao internacional sub-21 luso, que admitia deixar a Luz por empréstimo
Chamado para o lugar do lesionado Jardel, Ferro fez a estreia absoluta pela equipa principal depois de ter visto negada a hipótese de sair por empréstimo. Ao que O JOGO apurou, Rio Ave e Marítimo tentaram em janeiro a cedência do camisola 97, que até estava aberto à saída, cenário recusado, porém, pela administração da SAD.
Os motivos da permanência de Ferro justificam-se com a garantia de promoção ao plantel principal, comunicada ao atleta, até porque a saída de Lema já estava dada como certa, pois o argentino não entrava nas contas. E o eventual empréstimo só avançaria mediante a “queda” de um dos seis jogadores cedidos pelas águias. Dálcio (Belenenses SAD) era o nome em cima da mesa, mas em função da enorme confiança depositada no central encarnado, Ferro ficou mesmo na Luz. Isto apesar de ser alvo constante de vários pretendentes – os vila-condenses tinham tentado o jovem no verão, ainda com José Gomes ao leme, e há cerca de um ano o internacional sub-21 luso já havia despertado o interesse do Liverpool, mas logo aí Vieira não permitiu que Ferro fosse vendido aos reds.
Com uma cláusula de rescisão fixada em 60 milhões de euros, o central, cujo empresário, Ulisses Santos, disse à Rádio Renascença estar “ciente do percurso que tem a fazer” no clube, distingue-se pela capacidade de construção de jogo curto e longo, segundo refere a O JOGO Pedro Henriques, que o orientou no Casa Pia,em2014/15.“Tentávamos alternar o jogo curto/longo na construção e ele tinha capacidade fora do normal em conseguir variações longas cruzadas, com muita tensão no passe”, recorda.
“Tinha capacidade fora do normal em variações longas cruzadas”
Pedro Henriques
Ex-treinador de Ferro