Inácio vai ter de “inventar”
O treinador queria ter já os reforços em condições de jogar e leva para o Funchal muitas dúvidas
Erik é o único reforço de inverno que corresponde ao ritmo competitivo ideal para Inácio que recorreu ao médio Bura, dos sub-23, para ter mais soluções. “Estamos no tempo da petinga e do carapau”
Augusto Inácio debatese com dois tipos de contas diferentes, numa fase premente do campeonato. Ao Aves faltam pontos para ganhar uma posição mais tranquila na classificação e “faltam argumentos”, poucos dias depois de fechar a segunda janela de mercado da época. “Neste momento, é muito fácil fazer a convocatória no Aves. Devido a algumas coisas que se passam, até para nos protegermos, temos de jogar num sistema que não é do meu agrado”, desabafou, deixando transparecer preocupação por se sentir impelido “a inventar” para formar um onze para fazer frente ao Marítimo.
Dos reforços de inverno, apenas Erik está no ponto considerado ideal para entrar em competição. “Quando vêm, tem de estar em condições mínimas para entrarem nas escolhas, neste momento não estão, talvez daqui a 15 dias”, argumentou Inácio, que se socorre para esta jornada de Bura, um jogador dos sub-23, para ter mais opções para o meio-campo defensivo. “Estamos no tempo da petinga e do carapau”, disse,
Augusto Inácio criando uma metáfora capaz de descrever a situação agravada “por alguns problemas físicos” que reduzem o campo de alternativas de Inácio.
Uma coisa é certa: “o Aves está bem e mentalmente forte”. É com esta confiança, que nem a derrota com o Braga beliscou, que os avenses se prepararam para “um jogo difícil”, frente a um Marítimo com mais dois pontos e a jogar em casa e “quererá muito aproveitar a oportunidade para se distanciar dos últimos lugares. Vai ser uma guerra para ver qual será o mais forte. Um empate pode ser um bom resultado para quem joga fora, mas pode não ser suficiente para a nossa luta”.