O Jogo

Inácio vai ter de “inventar”

O treinador queria ter já os reforços em condições de jogar e leva para o Funchal muitas dúvidas

- CRISTINA AGUIAR

Erik é o único reforço de inverno que correspond­e ao ritmo competitiv­o ideal para Inácio que recorreu ao médio Bura, dos sub-23, para ter mais soluções. “Estamos no tempo da petinga e do carapau”

Augusto Inácio debatese com dois tipos de contas diferentes, numa fase premente do campeonato. Ao Aves faltam pontos para ganhar uma posição mais tranquila na classifica­ção e “faltam argumentos”, poucos dias depois de fechar a segunda janela de mercado da época. “Neste momento, é muito fácil fazer a convocatór­ia no Aves. Devido a algumas coisas que se passam, até para nos protegermo­s, temos de jogar num sistema que não é do meu agrado”, desabafou, deixando transparec­er preocupaçã­o por se sentir impelido “a inventar” para formar um onze para fazer frente ao Marítimo.

Dos reforços de inverno, apenas Erik está no ponto considerad­o ideal para entrar em competição. “Quando vêm, tem de estar em condições mínimas para entrarem nas escolhas, neste momento não estão, talvez daqui a 15 dias”, argumentou Inácio, que se socorre para esta jornada de Bura, um jogador dos sub-23, para ter mais opções para o meio-campo defensivo. “Estamos no tempo da petinga e do carapau”, disse,

Augusto Inácio criando uma metáfora capaz de descrever a situação agravada “por alguns problemas físicos” que reduzem o campo de alternativ­as de Inácio.

Uma coisa é certa: “o Aves está bem e mentalment­e forte”. É com esta confiança, que nem a derrota com o Braga beliscou, que os avenses se prepararam para “um jogo difícil”, frente a um Marítimo com mais dois pontos e a jogar em casa e “quererá muito aproveitar a oportunida­de para se distanciar dos últimos lugares. Vai ser uma guerra para ver qual será o mais forte. Um empate pode ser um bom resultado para quem joga fora, mas pode não ser suficiente para a nossa luta”.

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