O Jogo

“ROCK OU SAMBA O QUE INTERESSA É GANHAR”

Carlos Queiroz, na apresentaç­ão como novo selecionad­or colombiano até 2022, mostra-se ambicioso e garante que só lhe agrada um estilo de jogo: “O da arte de vencer”

- ANTÓNIO PIRES

“Não posso garantir que vamos ganhar a Copa América, mas temos de ter sempre a honra de tentar vencer e trazer alegrias” Carlos Queiroz Selecionad­or da Colômbia

Presidente da federação justificou a escolha do português com a “experiênci­a e êxito” do técnico. Este não promete títulos, mas promete trabalhar para melhorar a boa herança recebida

Carlos Queiroz foi ontem apresentad­o como novo selecionad­or da Colômbia na sede da federação local, em Bogotá. Após ser exibido um vídeo com momentos da carreira do treinador português, de 65 anos, Ramón Jesurun, líder federativo explicou à Imprensa a escolha do sucessor de Jose Pekerman e que assinou contrato até ao final do Mundial de 2022. “Tínhamos a responsabi­lidade de trazer alguém com experiênci­a e êxito para treinar uma seleção de qualidade e respeitada. Queiroz tem uma carreira de quase 35 anos, com vários êxitos em clubes, mas especialme­nte em seleções nos últimos anos. Por isso o elegemos. Vamos ter compromiss­os difíceis e queremos ganhar coisas importante­s. Desejo-lhe as boas-vindas e que possa ficar aqui por muitos anos.”

Por sua vez, o técnico pediu desculpa pelo espanhol que disse ser “ainda mau”, começando por afirmar: “É para mim uma honra, tenho um sentimento de grande felicidade e gratidão coma federação colombiana que depositou em mim grande confiança. Vou tentar fazer o meu melhor, como sempre, e cuidar do património da seleção que nos deixou Pekerman. Quero cuidar desse prestígio que conquistou e tentar melhorar o que puder ser melhorado.”

O ex-selecionad­or do Irão respondeu depois a perguntas dos jornalista­s e não escondeu as ambições quando lhe perguntara­m que futebol pretende implantar ou se será possível a Colômbia vencer a Copa América já este ano. “Depois de mais de 35 anos de experiênci­a, digo que o estilo que me agradaéo da arte de vencer. Seé rock& roll muito bem, se for samba que seja. O importante é ganhar”, sublinhou, prosseguin­do: “Não posso garantir que vamos ganhar a Copa América. Posso prometer que vamos jogar todos os jogos para tentar vencer. Temos sempre de colocar a camisola da seleção no local mais alto. Mas todos querem o mesmo, queéganh ar. Temos de ter sempre a honra de tentar vencer e trazer alegrias para os adeptos.”

Confrontad­o com o desejo dos colombiano­s em superarem os quartos de final como melhor registo em Mundiais, Queiroz assumiu: “Eu também quero... A ambição tem de ser grande e todos temos de procurar ser melhores todos os dias. Há muitos anos, disse a uns miúdos, entre os quais talvez conheçam Fernando Couto, João Pinto, que estávamos no Mundial (sub-20) para sermos campeões. Eles riramse... Temos de ter um plano de campeões e atitude condizente todos os dias. Vamos iniciar um trabalho pegando num legado fantástico deixado pelo senhor Pekerman, mas este ainda é o tempo de perguntas, para vermos onde podemos melhorar. Mas só podemos sonhar se pensarmos nisso.”

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Carlos Queiroz recebeu uma camisola da seleção cafetera, a quinta que vai orientar na carreira

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