O Jogo

QUASE HAVIA SOLUÇÃO PARA O TRAUMA MINHOTO

Depois de perder a final da Taça da Liga em Braga, o FC Porto empatou em Guimarães e ontem, de regresso ao Minho, voltou a ceder dois pontos

- bbb MANUEL CASACA Textos

Moreirense justificou o excelente campeonato que está a realizar, mas nos últimos minutos o FC Porto mostrou garra e crença para chegar ao empate. E até podia ter saído com os três pontos Os ares do Minho parecem fazer mal ao FC Porto. Depois de perder a final da Taça da Liga, em Braga, os dragões desperdiça­ram quatro pontos nos últimos dois jogos. Primeiro em Guimarães, ontem em MoreiradeC­ónegos.Umtraumaqu­e até podia ter solução se Fernando Andrade tivesse marcado no último minuto. Ou melhor, se Jhonatan não tivesse feito uma defesa monstruosa. O mérito a quem o tem e o guarda-redes brasileiro merece todos os elogios. Voltou a ser decisivo, tal como havia acontecido na época passada, igualmente a contar para o campeonato. Nessa altura, o jogo terminou a zeros e o guardião, que sofreu uma pancada na cabeça, pensava que tinha perdido, porque não sabia que o golo de Waris tinha sido anulado por fora de jogo.

Este texto começou praticamen­te pelo fim, e isto porque a defesa de Jhonatan foi o momento do jogo, mas vale a pena explicar o que levou ao empate, num jogo em que os dois treinadore­s não contaram com duas peças importante­s. Ivo Vieira ficou sem o médio Loum, que se transferiu para o FC Porto no último dia do mercado, enquanto Sérgio Conceição não pôde contar com Marega, que se lesionou com gravidade em Guimarães. E se o técnico do Moreirense­optou,compreensi­velmente, por troca por troca e apostou em Neto; o treinador dos dragões mexeu na estrutura da equipa, colocando Danilo ao lado de Óliver, ficando Herrera no apoio a Soares, a referência do ataque portista. O avançado brasileiro até dispôs das primeiras oportunida­des para marcar, mas a pontaria estava fraca. Era, no entanto, um início prometedor. Respondia a equipa da casa com contraataq­ues perigosos, conduzidos, invariavel­mente, por Chiquinho, um jogador a ter em conta, e que certamente não ficará em Moreira de Cónegos por muito tempo. Talento não lhe falta.

Com o jogo empatado ao intervalo, o FC Porto sentiu maiores problemas de ligação no segundo tempo. Havia muitas trocas de bola, é certo, mas poucas soluções. O jogo começava a ficar partido e o Moreirense acreditava na vitória. Criou mesmo as melhores oportunida­des quando o nulo ainda se mantinha e chegou ao golo aos 79 minutos, através de Texeira, que ontem se estreou como titular. O avançado marcou, na recarga, depois de um cabeceamen­to de Halliche à trave. Isto numa altura em que os dragões já tinham alterado a sua estrutura com as entradas de Otávio e Fernando Andrade para os lugares de Pepe e Óliver. Dessa forma, e com a passagem de Éder Militão do lado direito da defesa para o eixo, Corona recuou no terreno. No meiocampo, Herrera passou a jogar ao lado de Danilo, ficando o ataque entregue a Soares e a Fernando Andrade.

A perder e a perceber que o jogo não ia lá com muitos toques de bola a meio-campo ou com os vários cruzamento­s, a maioria deles mal executados, o FC Porto passou, então, a um jogo mais direto, até porque nessa altura já contava com André Pereira. E foi numa bola colocada para a área que Herrera empatou. Um golo que moralizou os campeões nacionais, que podiam ter resolvido o trauma minhoto se Fernando Andrade tivesse marcado. Ou melhor, se Jhonatan não tivesse evitado o golo com uma grande defesa.

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Substituiç­ão de Óliver foi inesperada
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