Wendel eleva o cerco até ao ponto onde Keizer o traçou
ESTRATÉGIA Médio brasileiro tem sido peça nuclear no onze idealizado pelo holandês e O JOGO mostra-lhe a razão: com o 37 em campo, a equipa faz mais recuperações e mais à frente no terreno
Forma com Gudelj e Bruno Fernandes o miolo eleito pelo técnico holandês e tem sido titular sempre que está disponível: a intensidade imprimida preconiza a pressão alta pretendida pelo treinador
Ao cabo de dez jogos após o seu regresso depois de paragem forçada por lesão, O JOGO procurou consubstanciar em números as razões que levaram Marcel Keizer a apostar desde a sua chegada a Alvalade, e em permanência, em Wendel. O médio brasileiro tem formado, sempre que disponível, o trio idealizado pelo técnico holandês para o meiocampo do Sporting, à frente de Gudelj e ao lado de Bruno Fernandes. Olhando para os jogos disputados pelo médio de 21 anos desde a estreia de Keizer ao comando técnico da equipa ante o Lusitano Vildemoinhos até ao jogo com o Aves, no qual se lesionou (com Qarabag e Rio Ave pelo meio), em comparação com o período em que esteve afastado dos relvados (que compreende os jogos com Vorskla, Nacional, Rio Ave, V. Guimarães e Feirense), até é possível observar uma melhoria no capítulo das recuperações de bola, no seu global, na sua ausência.
Contudo, nos últimos dez jogos, com Belenenses, Ton- dela, FC Porto (duas vezes), Feirense, Moreirense, Braga, V. Setúbal e Benfica (duas vezes) como adversários ,é dada à evidência a razão de Keizer ver Wendel como um titular indiscutível: com o 37 em campo, preconizando a pressão alta pretendida por Marcel Keizer, não só o Sporting recupera mais bolas, como o faz em zonas mais adiantadas do terreno de jogo (ver quadro nesta página).