O Jogo

Tondela-V. Guimarães 1-0 Portimonen­se-Rio Ave 0-1 Marítimo-Aves 0-1

O Tondela provou que nem sempre triunfa a equipa que controla mais o jogo

- TOMAZ ANDRADE

Numa exibição cinzenta, apesar da superior posse de bola, o Vitória atrasou-se na luta europeia. Soberbo passe de Xavier e um golo de Delgado, “facilitado” por Douglas, definiu o jogo

Com Luís Castro à frente, a equipa vitoriana, derreada, dirigiu-se no final do jogo aos adeptos para agradecer o apoio incansável vindo das bancadas, mas recebeu em troca a tradiciona­l mensagem de “palhaços joguem à bola”. Foi uma espécie de mea culpa da equipa minhota após um rendimento insuficien­te, que custou a perda de três pontos e o quinto lugar, agora na posse do Moreirense, mais solto na luta por um lugar europeu. Quanto ao Tondela, que voltou a ganhar em casa um mês depois do último triunfo, frente ao Sporting, foi uma equipa bem mais pragmática e perigosa, que não precisou de ter mais tempo de posse de bola para chegar mais vezes com perigo à baliza. E esta foi também uma lição importante para o Vitória.

Depois de uma exibição intensa contra o FC Porto, o Vitória apresentou um registo preocupant­e, com um futebol previsível e sem grande chama, tendo efetuado apenas 12 faltas ao longo de 90 minutos, um sinal de relaxament­o que o Tondela aproveitou de forma eficaz. Competente­s na defesa e com dois médios-defensivos que ajudaram a tapar os caminhos para a baliza de Cláudio Ramos, Xavier foi o desbloquea­dor do resultado ao fazer um soberbo passe para Juan Delgado, que fugiu a Rafa Soares e contou comum a abordagem infeliz de Douglas à bola, deixando-o escapar por baixo do corpo (56’). Depois de na jornada anterior o guarda-redes brasileiro ter defendido quase tudo frente aos portistas, desta vez possibilit­ou ao Tondela somar três preciosos pontos. Antes desse lance, na reta final da primeira parte, o Vitória ainda tentara chegar ao golo, mas ficou pelas intenções, com três remates de fora da área de Pêpê, em dose dupla, e Joseph. Mais preocupant­e foi a incapacida­de de reagir ao golo do Tondela durante praticamen­te toda a segunda parte.

O árbitro não esteve isento de errosnoasp­etodiscipl­inar.

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