O Jogo

Guerreiros agarram o destino

equipa “Esta é a mesma ABEL: 6 na Luz” que perdeu por Px-x

- Textos PEDRO ROCHA

Minhotos dão a volta ao Chaves e só dependem de si próprios na corrida ao título

O Braga viu-se metido num colete de forças, libertando-se dele apenas na segunda parte, quando o Chaves já se dava por satisfeito com um golo. Dyego Sousa e Claudemir agradecera­m

Não bastou ao Braga ajustar as velas ao sabor do vento, como projetou Abel Ferreira, para se chegar um pouco mais à frente na luta pelo título. Foi preciso muito mais porque o Chaves, dentro das suas parcas possibilid­ades, deu realmente luta e, por pouco, quase provocou meio escândalo na Pedreira, num atarde( sim, houve luz natural até ao fim) em que a emoção durou até ao último suspiro da partida. É que já notem pode compensaçã­o, quando os visitados já seguravam com unhas e dentes uma preciosa vantagem, Bruno Gallo quase assinou um golo de placa, num disparo estupendo de longe. Por esse susto e não só, os ar sena listas suaram a valer, mas fizeram por merecer a vitória pelo empenho que demonstrar­am depois de terem visto o Chaves adiantar-se no marcador logo no começo do primeiro tempo, numa recarga de Luís Martins, com a defesa a facilitar e a acreditar em mais um milagre de São Tiago Sá.

Esse foi talvez o ponto zénite de uma exibição que estava a ser pouco conseguida e que poderia ter tido outro começo se um remate de Ricardo Horta, logo no segundo minuto, tivesse passado uns centímetro­s mais para dentro em vez de esbarrar na base do poste. Metida num interessan­te colete de forças, a equipa bracarense tratou de ziguezague­arem busca de espaço sede oportunida­des durante toda a primeira parte. Não havia outra alternativ­a. Com mais posse de bola e impulsiona­da pela esquerda por um foguete chamado Sequeira, o Braga foi somando ataques, mas faltava profundida­de e ligação aDy ego Sousa, que, durante muito tempo, foi refém dos centrais Mar aseCam pi, ao mesmo tempo que Jefferson perseguia Paulinho para todo o lado, quando este tentava desequilib­rar pelo centro do relvado. Sobre a salas, Ricardo Horta e Ricardo Esgaio pouco compensava­m. Faltava velocidade e,porm ais queDy ego se esforçasse nas alturas, também faltavam cruzamento­s bem medidos, destoando neste aspeto, pela positiva, somente o já citado Sequeira.

O golo de Luís Martins funcionou como despertado­r e Abel foi o primeiro a acordar para a (dura) realidade. Antes que o Chaves pudesse causar mais estragos, num eventual movimento de contra-ataque ou numa bola parada, o treinador lançou, de uma assentada, João Novais e Wilson Eduardo e o Braga deixou de hibernar, atirando-se com toda a violência ao adversário. Na baliza, António Filipe ainda resolveu algumas situações de perigo e, apesar das chamadas de atenção de Tiago Fernandes, a reviravolt­acomeçou a ganhar contornos bem definidos quando Sequeira decidiu levar tudo à frente, especialme­nte o lateral Paulinho, para cruzar com uma precisão matemática para a cabeça deDyeg oS ousa, num lance em que os visitantes ainda estavam a organizar-se na defesa, num sistema de três centrais, após a entrada de Calasan.

Por ironia do destino, foi precisamen­te Calasan a falhar nas alturas com Dyego Sousa e a ver da deé que o Braga até se sentiu maisàvont ade ao enfrentar uma muralha defensiva mais alargada do que antes, quando “só” tinha de enfrentar quatro defesas às cavalitas de Jefferson. Numa bola parada, Claudemir arrumou de vez a questão.

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 ??  ?? William, avançado do Chaves, marcado por Claudemir, autor do golo do triunfo arsenalist­a
William, avançado do Chaves, marcado por Claudemir, autor do golo do triunfo arsenalist­a
 ??  ?? Paulinho faz a bola passar por entre as pernas do guarda-redes António Filipe
Paulinho faz a bola passar por entre as pernas do guarda-redes António Filipe
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