O Jogo

BRUNO CONTRA A DEPRESSÃO

TRIBUNAL UNÂNIME: penálti por marcar por falta sobre Bas Dost e expulsão poupada a Vítor Bruno

- bbb BRUNO FERNANDES Textos

Dois golos do médio no regresso dos leões às vitórias

Sporting só rematou uma vez à baliza na primeira parte e o disparo nem foi o que colocou a formação de Keizer na frente. Têm sido regulares as entradas sem gás de um leão que não está nas contas do título O Sporting saiu ontem da Feira com um 3-1 no bolso, mas o resultado está longe de espelhar aquilo que foram os 90 minutos. Nos primeiros 45, diga-se, o leão de Keizer entrou – situação já recorrente nesta temporada – vendado e só com a ajuda do VAR, da ineficácia fogaceira e de um tal de Bruno Fernandes conseguiu conquistar três pontos. Para que servem? Para manter distâncias, à frente e atrás, porque – e o técnico holandês tem de ter coragem de o dizer – a luta pelo título é já uma miragem; o campeonato desfocou e os verdes e brancos centram agora atenções nas outras provas, como a Liga Europa, a próxima no seu horizonte.

Ao contrário do que tinha acontecido nos dois jogos que tinha disputado, esta temporada, no Marcolino de Castro, o Sporting entrou sem ideias, displicent­e e assim que a formação da casa, agora sob as ordens de Filipe Martins, o percebeu, começou a pressionar alto, a obrigar o leão a errar e a utilizar a bola parada como a grande arma para o ferir. Resultou: ao minuto 25, Tiago Silva colou a bola ao primeiro poste da baliza de Renan e a “parede” Marco Soares tirou a visão ao brasileiro. O camisola 40 não saltou, empurrou o esférico contra o médio fogaceiro e viu-a tocar nas redes; viu, contudo, Manuel Mota fazer o tal retângulo imaginário e deslocar-se ao apoio tecnológic­o, decidindo anular o 1-0 e promovendo os protestos do banco de suplentes à bancada. Mas o Feirense não desistiu e aos 37’, Sturgeon ficou de joelhos, no chão, pois nem ele percebeu como Renan – aí sim, o guardião leonino brilhou – foi buscar uma bola de golo certo, de novo na sequência de um cruzamento de Tiago Silva. Meteu-se ao barulho a velha máxima do “quem não marca sofre” e, perto do apito para o descanso, Wendel iniciou uma bela jogada coletiva, que passou por Bruno Fernandes, por Wendel e chegou a Borja. O colombiano centrou e foi o brasileiro a chegar à bola de cabeça, ainda que esta tenha tocado no braço de Briseño antes de beijar a rede. Ao intervalo, o resultado era injusto para os da casa. Adiante.

Para a segunda parte, o Sporting voltou com a responsabi­lidade no bolso, foi empurrando o Feirense para o seu último terço e, numa jogada de apoio pelo corredor, Diaby deixou passar Ristovski, a marcação e centrou com conta, peso e medida – estava lá Bruno Fernandes, que de cabeça bateu André Moreira. O camisola 8 não quis ficar por ali e deu ainda maior tranquilid­ade à sua equipa quando aos 68’, e na transforma­ção de um livre, deixou o guardião dos fogaceiros pregado ao relvado. A partir daí, ficou tudo mais ou menos resolvido e mesmo com o golo de Steven, a um quarto de hora do fim, não houve sobressalt­os de maior. Deu para gerir Bruno Fernandes, “tapado” e em risco para a receção ao Braga, e até para estrear Francisco Geraldes. É como Keizer diz: que ninguém se esqueça do que se passou no verão. A vida continua, mas a ritmo... baixo.

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Acuña travou um duelo aceso com Diga no corredor
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