Brahimi sai como ninguém
O argelino foi substituído em 22 dos 30 jogos que fez como titular
Em termos percentuais é um máximo de carreira. A troca de Conceição já não surpreende
A cara de enfado que Brahimi faz quando é substituído não é propriamente porque estranhe a opção de Sérgio Conceição. A saída do argelino tornou-se regra e passou a assunto quando treinador vincou, em Guimarães, que nada teve que ver com gestão física ou problemas musculares, como em muitas situações já aconteceu. Em Moreira de Cónegos a situação repetiu-se. Nos últimos 12 jogos em que o criativo jogou de início, saiu em nove deles.
A amostra mais recente é sintomática e não difere muito daquilo que são os números do resto da temporada. O argelino foi substituído em 22 dos 30 jogos em que foi titular, num total de 73,3%, mais do que em qualquer outra época da carreira. No FC Porto, aliás, o anterior máximo negativo vinha de 2014/15, época de estreia em Portugal: 25 substituições em 36 desafios, num total de 69,4% das ocasiões. Na época anterior, para se ter uma ideia, saiu apenas em 45,6% dos jogos que fez.
A título de curiosidade, refira-se que o jogador que, percentualmente, mais vezes foi substituído nesta temporada por Sérgio Conceição foi André Pereira, com nove saídas em 11 titularidades. Mas, dos que habitualmente são primeira opção, Brahimi lidera destacado, à frente de Otávio (68,7%) e Tiquinho Soares (69,2%). Curiosamente, é este o trio de ataque que se espera para o jogo de amanhã, em Roma. E como parece óbvio, alguém vai sair na segunda parte. A estatística diz que será Brahimi.