O Jogo

REFORÇOS DA ROMA PAGARIAM QUATRO ÉPOCAS

FC Porto surge na cauda do grupo de clubes presentes nos “oitavos” da Liga dos Campeões que mais desembolsa­ram em contrataçõ­es. Só Tottenham e Bayern gastaram menos

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

Italianos aplicaram 130 milhões de euros em novos jogadores nesta época e os portistas perto de 30. O número impression­a, mas não chega aos mais de 200 milhões de euros gastos por Juventus e PSG

Se o sucesso ou insucesso na Liga dos Campeões dependesse em exclusivo do investimen­to feito por cada clube em contrataçõ­es, as hipóteses de o FC Porto ultrapassa­r a Roma seriam bastante curtas. Mas o futebol, como se sabe, não se reduz a isso. Em todo o caso, a discrepânc­ia de gastos é tanta, que os mais de 130,6 milhões de euros desembolsa­dos pelos italianos nesta época chegariam para pagar todos os jogadores contratado­s pelos portistas... nas últimas quatro temporadas! E ainda sobraria algum dinheiro (cerca de 200 mil euros).

Fizemos as contas, e os “gialloross­i” foram os quintos mais gastadores entre os emblemas presentes nestes oitavos de final, enquanto os azuis e brancos aparecem apenas na cauda do grupo [ver infografia]. E por incrível que pareça, tendo em conta o poderio financeiro de ambos, só o Bayern Munique e o Tottenham foram mais poupados. Os spurs, aliás, não contratara­m ninguém. Nem no verão, nem agora em janeiro.

Entre os reforços mais caros de cada clube em 2018/19, o do FC Porto foi aquele cujo preço ficou mais em conta, ao passo que o da Roma (Nzonzi) quase daria para pagar todos os que chegaram ao Dragão nas duas janelas de transferên­cias. Waris foi quem teve o rótulo de mais “caro”, uma vez que a sociedade azul e branca teve de acionar a opção de compra obrigatóri­a de seis milhões de euros pelo ganês. No entanto, o avançado teve dificuldad­es em convencer Sérgio Conceição e,à semelhança de Ewerton,Janko ou Paulinho, já nem sequer faz parte do plantel. Os romanos, refira-se, só não mantiveram Defrel (cedido à Sampdória), apesar de a Imprensa também ter aberto a porta da saída a Marcano (chegou a “custo zero”), cujas exibições não têm convencido desde que deixou o Dragão em julho.

Os números da Roma impression­am em comparação com os do FC Porto, mas, ainda assim, ficam muito aquém dos gastos da Juventus ou do Paris Saint-Germain, que apostam forte na conquista da “orelhuda”. Italianos e franceses foram, de resto, os únicos entre os 16 presentes nesta fase da competição que ultrapassa­ram a fasquia dos 200 milhões de euros em compras no conjunto dos dois mercados de transferên­cias. Cristiano Ronaldo (117 milhões de euros) e Mbappé (opção de compra de 135 milhões) foram, respetivam­ente, os responsáve­is pela pequena loucura cometida por ambos. Se isso os levará ao título, só mais tarde de perceberá. Mas não faltam exemplos de quem já fez muito sem abrir demasiado os cordões à bolsa. O FC Porto de 2004 que o diga…

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