Câmara quer vender a Pedreira
Município vai fazer um referendo para validar o negócio
Mergulhada em dívidas, muitas por causa do Estádio Municipal, a autarquia bracarense promete salvaguardar o contrato estabelecido com o Braga, válido até 2034
Projetado para o Euro’2004, o Estádio Municipal de Braga transformou-se numa despesa insuportável para a Câmara Municipal. O município tem inclusivamente as contas bloqueadas por causa de uma condenação judicial ao pagamento de quatro milhões de euros ao consórcio que construiu o recinto por obras a mais e aponta como solução vendê-lo, estando na disposição de promover um referendo, a realizar depois das eleições legislativas de 6 de outubro, para validar o futuro negócio. “Como essa decisão estratégica não fazia parte do nosso programa eleitoral, serão os cidadãos bracarenses a decidir se devemos vender ou continuar a pagar a fatura”, explicou a O JOGO o autarca Ricardo Rio, certo de que o custo do estádio, inicialmente orçamentado em 65 milhões de euros, “caminha a passos largos para 180 milhões”.
Dando conta de “abordagens” de investidores estrangeiros, o autarca promete que no “caderno de encargos” relativo à futura venda “será salvaguardado” o contrato de arrendamento celebrado com o Braga, válido até 2034 e com uma “renda de 500 euros mensais”.