O Jogo

“Achei que não iria lá chegar”

Pedro Sousa está, desde ontem, no top 100 do ranking ATP, apesar de momentos com sorte adversa

- MANUEL PEREZ

A entrada do lisboeta no “Clube dos Cem” sempre foi o principal objetivo, mas algumas lesões graves impediram-no de o fazer mais cedo. Agora, a sua carreira pode oferecer o tão desejado impulso

Pedro Sousa tinha quase três anos, quando Nuno Marques se tornou, em abril de 1991, o primeiro português no top 100 do ranking ATP. A três meses e meio de completar 31 anos, o lisboeta é, desde ontem, o nosso sexto e mais velho representa­nte de sempre nessa elite, ao subir a 100.º. O mais azarado dos grandes tenistas portuguese­s – em 2015, por exemplo, foi duas vezes operado a um pulso –, esteve algumas vezes à porta dos 100 melhores, mas as lesões desfizeram-lhe o sonho/ objetivo. “Claro que pensei várias vezes que não iria lá chegar”, reagiu, quando confrontad­o por O JOGO, a propósito dos contratemp­os vividos em períodos que se anteviam nobres na carreira. “Mesmo após recuperar de lesões, não sabia como regressari­a e até se deu o caso de em 2018, quando era 102.º, voltar a lesionar-me e, ao não competir durante uns tempos, achei que não seria possível chegar ao top 100. Felizmente, consegui!”, sumariou.

Derrubada a barreira que todos os tenistas ambicionam,

Pedro Sousa chegou a 100.º ATP aos 30 anos de idade lembra “as pessoas que ajudaram” e deixa uma dedicatóri­a especial: “Aos meus pais [Manuel e Graça, antigos internacio­nais da Taça Davis e Fed Cup, respetivam­ente] e à minha irmã.” Curiosa a reação, via Facebook, do selecionad­or Rui Machado, que o acompanha, no CAR, há dois anos e meio, e é agora o segundo português mais velho a ter entrado, com 26 anos, nessa elite: “A idade não importa, mas sim o estado de espírito”, escreveu.

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