O Jogo

MIÚDOS SEM IGUAL NA EUROPA

Na Turquia, as águias apresentar­am o onze inicial mais jovem entre as 40 equipas que entraram em ação na Champions e na Liga Europa

- DUARTE TORNESI MARCO GONÇALVES

Média de 22,9 anos é a mais baixa das equipas que atuaram na UEFA esta semana

A média de idades de 22,9 anos da equipa lisboeta é inferior às de Dínamo Kiev e Dortmund: 23,8. Em matéria de formados em casa no onze inicial, só os ucranianos batem os lusos: sete contra seis

Marcada pela irreverênc­ia da juventude, a vitória do Benfica no terreno do Galatasara­y expôs o “baby-boom” que se vive para os lados da Luz e do Seixal, a fábrica onde são moldados os futuros talentos encarnados. A apostado treinador Bruno Lage nas titularida­des de Rúben Dias (21 anos), Ferro (21 anos), Yuri Ribeiro (22 anos), Florentino (19 anos), Gedson (20 anos) e João Félix (19 anos) reduziu a média de idades do onze das águias para os 22,9 anos, o valor mais inferior entre as 40 equipas que entraram e mação na Liga Europa e na Liga dos Campeões durante esta semana. As formações que mais se aproximara­m da“creche” encarnadaf­o ramas do Dortmund e do Dínamo Kiev, que apresentar­am onzes iniciais com uma média de idades de 23,8 anos na derrota diante do Tottenham (Champions) e no empate frente ao Olympiacos (Liga Europa), respetivam­ente.

A inédita aposta nos supramenci­onados seis jogadores formados no Caixa Futebol Campus no onze inicial que entrou em campo em Istambul teve um grande eco na Imprensa europeia, com constantes referência­s à aparição de um “Baby Benfica”, mas acabou por ficar à sombra, pela margem mínima, da prata da casa do Dínamo Kiev: o técnico Aliaksandr Khatskevic­h lançou Boyko, Mykolenko, Shaparenko, Burda, Shepelev, Tsyngakov e Buyalskyy na equipa que entrou em campo na casa do Olympiacos. Refirase que o Ajax também fez entrar de início seis jogadores formados no clube (Onana, Mazraoui, De Ligt, Blind, De Jong e Van de Beek) no duelo da Liga dos Campeões diante do Real Madrid.

A fornada de “putos” lançada ao inferno de Istambul ajuda a consubstan­ciar a bandeira da aposta na formação, tantas vezes empunhada por Luís Filipe Vieira, e um dos temas favoritos de Bruno Lage. Desde a sua chegada ao comando técnico do Benfica, como sucessor de Rui Vitória, o treinador recrutado à equipa B sempre encarou as promoções de jovens como a receita ideal para lidar com a falta de substituto­s para os jogadores que saíram durante o mercado de inverno: Bruno Varela, Lema, Alfa Semedo, Ferreyra e Castillo. “Os reforços da equipa B tornaram o plantel mais competitiv­o. Estou muito satisfeito como rendimento deles. Sempre disseque e lese rama solução ”, destacou Bruno L age, após a vitória da última quinta-feira sobre o Galatasara­y.

Responsáve­l pelos lançamento­s de Ferro e Florentino na equipa principal, o atual treinador do Benfica tem ajudado a que a presente época seja a mais frutífera em termos de estreias (seis) ao mais alto nível de talentos provenient­es do Seixal: na primeira fase de 2018/19, Rui Vitória já tinha apostado em Gedson,

“Os reforços da equipa B tornaram o plantel mais competitiv­o. Estou muito satisfeito com o rendimento deles”

Bruno Lage Treinador do Benfica

Alfa Semedo, João Félix e Jota. Esta última “fornada” ajudou a aumentar para 32 o número de jogadores das camadas jovens que transitara­m para a equipa principal desde a inauguraçã­o do Caixa Futebol Campus, em setembro de 2006. A sequência iniciada com as promoções de Miguel Vítor, Romeu Ribeiro e Yu Dabao, em 2007/2008, levou até a SAD a negociar vários jogadores envolvidos neste processo por valores milionário­s, como Renato Sanches, Ederson, Lindelof, Bernardo Silva ou Gonçalo Guedes.

O 33.º “salto” do Seixal pode estar para breve, com Ivan Zlobin, guardião russo de 21 anos que disputa a baliza das águias com Vlachodimo­s e Svilar, a apresentar-se na pole position para integrar este prestigiad­o grupo.

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