Vitória [1-5] sobre a Ucrânia vale presença na final Portuguesas fazem história
Seleção Nacional goleou a Ucrânia e marcou encontro na final de amanhã (18h30, RTP 1) com a Espanha. Exibição convincente merecia mais golos
Portugal não desiludiu e apurou-se para a final do campeonato da Europa, ao golear a Ucrânia por 5-1. A exibição lusa teve elevada nota artística em muitos momentos do jogo, conseguiu traduzir a inequívoca superioridade com cinco golos marcados, mas faltaram concretizar muitos mais já que só bolas nos ferros foram, também, uma mãocheia delas.
A produção na primeira parte foi muita, mas a pontaria esteve praticamente desafinada e só não o esteve totalmente, pois salvou-se o golo de Janice Silva. As portuguesas foram totalmente dominadoras, criaram inúmeras ocasiões, mas esbarraram ora na guardaredes Sagaidachna, ora na tal falta de afinação misturada com os ferros. A Seleção Nacional criou três situações claras de golo só nos primeiros cinco minutos, quase ao ritmo de uma por minuto. Janice (2’) e Pisko (4’) abriram as hostilidades e Carla Vanessa (5’) inaugurou o tiro ao poste. Do outro lado, Ana Catarina era uma guarda-redes descansada pois a Ucrânia não incomodava e tinha, aliás, muitas dificuldades para sair para o ataque. Mérito, também, para a pressão portuguesa. No entanto, Oleg Shaytanov, o selecionador ucraniano, conseguia manter a equipa fresca ao
“A Ucrânia obrigou-nos a pensar de várias formas”
Luís Conceição
Selecionador Nacional “Fizemos tudo o que podíamos. Portugal foi mais forte e está de parabéns”
Oleg Shaytanov
Selecionador da Ucrânia
rodar constantemente e o mesmo fazia Luís Conceição que tinha as jogadoras bem instruídas para trocarem a bola com paciência de maneira a poderem desmontar a defensiva de Leste. Depois de tanto insistir, Janice lá encontrou o caminho das redes ao emendar, para o fundo da baliza deserta, um remate de Jenny que Sagaidachna defendeu a meias com o poste. Tempo ainda houve, antes do descanso, para Carla Vanessa falhar (18’) um livre de dez metros.
No segundo tempo, a Ucrânia empatou por Tytova (22’) aproveitando uma falha defensiva portuguesa e teve outra oportunidade dois minutos volvidos, que Naty, que entrou na etapa complementar, defendeu, mas as ameaças ficaram-se por aí. As lusas voltaram à carga e se a coisa não foi lá pela paciência, a qualidade individual de Fifó (28’) tratou do assunto. Janice (29’) e Carla Vanessa (34’) voltaram a namorar os ferros, e a tranquilidade lá chegou por Janice (38’), já depois de uma situação insólita ter ocorrido com a Ucrânia, que avançou Sydorenko para guarda-redes avançada, mas ficou a jogar com seis atletas, o que resultou num amarelo a Dudarchuk. Coube a Fifó (39’) fechar as contas de uma goleada que merecia outros números.