VOLTA A MELHOR RESERVA
Adrián, Hernâni e André Pereira foram ultrapassados pelos reforços de Inverno e ainda pela subida de Corona no terreno. Em Roma, convenceram e Conceição volta a pensar neles
Utilização relativa em 2019 é significativamente inferior ao tempo de jogo que o trio somou na primeira metade da época. Hernâni foi o que notou mais, pela subida de Tecatito e regresso de Otávio
Outrora utilizados com relativa frequência e sem eclipses prolongados da equipa (ainda que quase sempre a partir do banco de suplentes), Hernâni, Adrián López e André Pereira perderam muito espaço com a chegada dos reforços de janeiro, mas voltam a estar em cima da mesa nesta fase em que Brahimi e Marega se juntaram a Aboubakar de baixa.
Na realidade, apenas Fernando Andrade foi contratado para o ataque. Mas não foi só o brasileiro que ultrapassou os três jogadores descritos anteriormente. Também a entrada de Pepe teve reflexos no ataque. O central desviou Militão para lateral, Corona assumiu de vez uma função como extremo e mais difícil ficou para Hernâni, André Pereira e Adrián. Depois, voltou Otávio e até Lo um eM anafá passaram a sentar-se no banco com maior frequência. Em Roma, as coisas mudaram. Sem Tecatito, Marega e com a lesão precoce de Brahimi, a que se seguiu a desvantagem no marcador, o trio de que se fala acabou por terminar o jogo em campo e com influência direta na recuperação que o FC Porto conseguiu e lhe abre boas perspetiv as de apuramento.
Para hoje, há a certeza de que voltarão a fazer parte das 18 opções de Conceição, numa espécie de regresso à fórmula de 2018 que garantiu ao onze alternativas em que em determinadas ocasiões se revelaram mesmo decisivas. Adrián e André Pereira menos do que Hernâni, que do banco de suplentes saltou quatro vezes para fazer quatro golos. Um deles já em janeiro (Leixões, para a Taça), mas sem continuidade nos jogos seguintes.
O extremo foi, como a infografia ao lado documenta, o que mais tempo perdeu com o virar do ano. Não é que em 2018 tivesse participado numa grande fatia do tempo de jogo da equipa, mas em 2019 o valor caiu para menos de um terço. Adrián e André Pereira também jogaram menos nesse período e o caso do português só não é pior porque beneficiou dos regulamentos da Taça da Liga para ser titular na final-four. Também Adrián, que marcou em Roma, sentiu as diferenças no número de jogos em que entrou e nos minutos que somou. A “perda” de golos e ações decisivas são só uma consequência. Mas esta é a altura de voltarem a ser chamados à ação.