O Jogo

Gravesen, uma granada sem cavilha

Ex-médio do Real Madrid atirou Ronaldo Fenómeno ao ar, partiu-lhe dentes e lançou foguetes a Rooney. Dinamarquê­s era isto e mais até

- FILIPE ALEXANDRE DIAS

Além das diabruras com os colegas, o nórdico varria tudo em campo e fora dele. Namorou uma atriz de filmes pornográfi­cos, fez fortuna após deixar de jogar sem se saber bem como e vive em Las Vegas

Para quem não se lembra, não sabe ou simplesmen­te andou distraído, Thomas Gravesen é uma figura. Melhor: é uma figuraça. A relembrá-lo, está aí uma nova biografia do antigo internacio­nal dinamarquê­s de 42 anos, com detalhes tão coloridos quanto explosivos, bem à imagem da fama que cultivou em campo. Se para uns, o ex-médio do Real Madrid era um unicórnio, por tão pouco se saber da sua vida privada após deixar de jogar, agora é conhecido por “granada sem cavilha”, tamanho o rebentamen­to a cada capítulo do livro intitulado “Cão Louco”. Entre as obras completas do nórdico, conta-se como quando partiu um dente a Ronaldo, lançou fogo de artifício na direção de Wayne Rooney, até viver com uma atriz de filmes pornográfi­cos. Depois, fez fortuna de forma misteriosa e nunca bem esclarecid­a no póquer e vive num recanto exclusivo e sumptuoso de Las Vegas.

Gravesen era conhecido por ser um miúdo tímido quando despontou no Vejle, mas foi perdendo a introversã­o e o re- colhimento de espírito à medida que se impôs como um médio demolidor na seleção dinamarque­sa, no Hamburgo e no Everton, até chegar ao Real Madrid em 2005. Ao chegar a Espanha, já tinha colecionad­o uma série de episódios picarescos. O seu treinador no Everton, David Moyes explicou: “O Gravesen era bom rapaz, mas maluco. Uma vez apanhei-o no ginásio a atirar foguetes cheios de pólvora contra o Rooney. Era grande jogador, gostávamos muito dele, mas não ouvia. Era bem intenciona­do, mas louco.” Contudo o feitio especial não o impediu de triunfar e chegar ao Real Madrid, onde era a vida da festa, dos treinos aos jogos. Pior foi quando pegou no homem-golo, Ronaldo Fenómeno, e o atirou pelos ares como se fosse uma boneca de trapo. Partiu um dente ao brasileiro. Habituado a ver nos tabloides tudo o que fazia fora de campo, Gravesen fez mais manchetes quando deixou a companheir­a de sempre, Gitte Pedersen, por Kira Eggers, atriz de filmes pornográfi­cos.

Terminada a carreira, nada se soube de Gravesen por quatro anos. Ressurgiu a acelerar num Mercedes SLR McLaren em Las Vegas, onde é vizinho de Agassi e Nicholas Cage. Dizem que ganhou 80 milhões de dólares no póquer. Há quem diga que perdeu 50 milhões depois. Certo é que Gravesen vive bem, à larga, e está mais calmo. As maluquices ficaram para trás, mas não o impediram de chegar onde quis.

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Ronaldo nunca se vai esquecer de ter tido Gravesen como colega no Real Madrid

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