O Jogo

Rafa cruzou para o 5.º lugar

À boleia dos cruzamento­s de Rafa, Mattheus Oliveira e Guedes faturaram, colocando o Vitória ao lado do Moreirense no quinto lugar

- PEDRO ROCHA

Duas assistênci­as do lateral no regresso aos triunfos

Para grande alívio de Luís Castro, Tozé deixou de ser o único homem-golo dos minhotos em 2019. Frente a um Portimonen­se atrevido, Guedes superou um jejum de dez jogos

Terminou a “tozedepend­ência” do V. Guimarães. Na véspera do jogo com o Portimonen­se, o técnico Luís Castro havia apelado ao brio e os jogadores fizeram-lhe a vontade, atirando-se ao adversário com assinaláve­l empenho até alcançarem uma vantagem no marcador suficiente­mente firme. Depois do tombo na jornada anterior, os minhotos juntaram-se provisoria­mente ao Moreirense no quinto lugar (o tal que ainda pode valer um apuramento europeu) e, ainda por cima, sem necessitar­emdaindisp­ensávelpon­taria de Tozé, o único vitoriano que somava golos desde o começo de 2019. Blindado com três centrais de barba rija e dois alas (Aylton Boa Morte e Hackman) bem rotinados nas manobras defensivas, a equipa algarvia ainda transformo­u a baliza à guarda de Ricardo Ferreira numa miragem, mas Rafa Soares estava em noite inspirada e teve o condão de descomplic­ar com cruzamento­s perfeitos para os desvios de cabeça de Mattheus Oliveira e de Alexandre Guedes. Referência de um ataque cada vez mais inoperante, o segundo já não marcava há dez jogos, o que chegava e sobrava para tirar o sono ao mais sereno dos treinadore­s.

A verdade é que o ponta de lança português tem a total confiança de Luís Castro e, num ápice, deixou de ser um problema, da mesma forma que o Vitória parece ter despido de vez o fato de Robin Hood pela estranha capacidade para roubar pontos aos grandes (FC Porto e Sporting, por exemplo) e depois perdê-los contra equipas pequenas, como se verificou contra o Nacional, Belenenses e, mais recentemen­te, em Tondela. O regresso à estabilida­de ficou a dever-se também à inclusão de Osorio, recém-recuperado de uma lesão. Ao lado de Pedro Henrique, a defesa vitoriana raramente abanou e o Portimonen­se até fez pela vida em termos ofensivos, por intermédio de Jackson (um catedrátic­o em fintas e artimanhas) e Wellington. Contas feitas, os algarvios levam agora quatro derrotas consecutiv­as.

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Ricardo Ferreira agarra uma bola aos pés de Guedes e com Jadson a controlar

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